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Estudaremos hoje uma profecia feita em torno do ano 787 AC. Está em Amós 8:11 e 13: “Eis que vem dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar, e do norte até o oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor e não a acharão”.
Perceba que a profecia menciona algo assustador. Se refere a um tempo em que as pessoas sentiriam fome (muita fome!), mas não de pão, e sim de ouvir a palavra de Deus. Os homens procurariam por algo que não seria mais encontrado em lugar algum do mundo.
Como já mencionei em estudos anteriores, no tempo em que o profeta Amós desempenhou as atividades dele, Israel estava vivendo uma aparente prosperidade. Um exemplo disso foi o período de liderança do rei Jeroboão II. Ampliou fronteiras e houve prosperidade financeira e material. Desde Salomão, Israel não havia alcançado tamanho progresso. Ergueu fortificações, construiu muralhas duplas nas grandes cidades. Construiu um magnífico palácio de pedra calcária, com grandes torres. As edificações simples foram substituídas por casas de pedra talhada e o país enriqueceu muito. Havia festividades, danças e folguedos, geralmente acompanhadas por práticas morais duvidosas. A religião, porém, degenerou, acompanhando o baixo nível moral. (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. I., p.51; Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, vol.3, p..462).
Veja que coisa interessante. Era um momento de progresso e fartura. A profecia de Amós falando de fome parecia não fazer nenhum sentido. Também não estavam preocupados quando o profeta falava de fome de ouvir a palavra de Deus. Eles sempre tiveram muitos profetas.
A sentença do profeta não era levada a sério. Infelizmente. Não estavam aproveitando o tempo de oportunidade e perdão que Deus estava oferecendo. O momento de conversão era aquele. Não depois.
Muitos no passado e no presente correm a procura de Deus quando alguma tristeza ou dificuldade os atinge. É verdade que a dor faz as pessoas ficarem mais sensíveis. Muitos já tiveram momentos preciosos ao lado de Jesus, fruto de uma dor ou de uma tristeza muito grande. Muitos já mudaram completamente a sua maneira de pensar, após passarem por um momento difícil. Mas na maioria dos casos a tristeza sempre chega atrasada para produzir bons resultados, principalmente o arrependimento. Isto acontece não porque Deus queira, mas por causa da dureza do coração das pessoas.
É muito triste ver pessoas passando fome. É chocante assistir seres humanos disputando comida nos lixões com insetos, animais e aves. É lamentável ver as pessoas caminhando em filas intermináveis em busca da alguma coisa para comer. Porém, segundo o profeta, a pior de todas as fomes é a de ouvir a palavra de Deus. “A profecia diz que chegaria um tempo que não haveria mais profetas, nem conselheiros espirituais, ninguém que apontasse o caminho da salvação, ou alguém que possa dar uma esperança de salvação” (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. I, p. 108).
Amigo ouvinte, tudo nesta vida tem um começo e tem um fim. O tempo que Deus está dando aos homens também tem o seu começo e o seu fim. Para os habitantes de Samaria foi dado um tempo especifico. Quem aproveitou bem o tempo, não passou fome; porém, quem achou que sempre teria tempo, a fome foi inevitável.
A profecia diz também que andariam de um lado para outro, de um mar até o outro a procura de algo que não existiria mais. E isso aconteceu. Quando Samaria foi sitiada e a cidade invadida e os habitantes levados cativos para muitas partes do mundo de então, nenhum profeta de Deus estava disponível para ajudá-los a suportar o alto preço da desobediência.
No ano 723/722 AC, Sargão II invadiu Samaria e levou uma multidão de cativos. A capital de Israel do Norte enfrentou o flagelo da fome, porque ficou sob cerco durante três anos. A fome, a separação das famílias, a morte, se tornou algo muito real. Nessas condições as pessoas aí querem se apegar a Deus na expectativa de aliviarem os sofrimentos. Infelizmente, porém, não havia mais quem os orientasse.
Os comentaristas bíblicos explicam que o povo enfrentou as conseqüências da escolha que fizeram. Nada pode acabar ou diminuir a fome espiritual, pois quando tiveram oportunidade rejeitaram o pão da vida. “O silêncio da parte de Deus causou o desespero de Israel” (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. I p. 108).
A Bíblia também diz que a história de Samaria se repetirá, mas só que em proporções universais. Hoje Deus está convidando as pessoas a se prepararem para a Segunda vinda de Jesus. Chegará, porém, um dia, quando esse convite não será mais feito. A dramaticidade desse momento é descrita pelo apóstolo João, no Apocalipse 22:11: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda”.
Sim, amigo ouvinte, chegará um tempo na história deste mundo que as pessoas não mais poderão mudar de situação ou posição. Quem aceitou a Cristo como o Senhor de sua vida, continuará a ser um bom cristão. Quem viveu envolvido com todo tipo de coisas erradas que este mundo oferece, não poderá mais mudar. Nada mais poderá ser endireitado. O torto continuará a ser torto.
A oportunidade de mudança é hoje. O Espírito do Senhor continua atuando em sua vida. Tome essa decisão agora – se ainda não o fez. Esta é a decisão mais importante de sua vida e implica na salvação ou perdição eternas.
Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.