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TEMPO DE REFLETIR 155 – 4 de junho de 2014
Há dois mil anos, numa cidade apinhada de visitantes, um respeitável senhor e sua jovem esposa buscavam um lugar para abrigar-se da noite. Como todos os demais, eles vieram à vila de Belém participar do recenseamento, atendendo a uma convocação do imperador romano. Mas todos os lugares já estavam ocupados.
O casal já havia procurado por todos os lados, sem nada conseguir, e José tinha um motivo especial para preocupar-se. Maria estava esperando um bebê. Não um bebê como os milhares que nascem diariamente em todo o mundo. Aquele seria diferente! Seu nascimento fora profetizado há séculos, Seu ministério, Seu caminho, já havia sido traçado desde a fundação do mundo, quando Deus, em Sua infinita sabedoria, anteviu a queda de nossos primeiros pais.
Mas José era humilde. Era demasiado pobre para fazer com que as hospedarias se abrissem até mesmo onde provavelmente não houvesse vaga. Ele não tinha um nome importante, parentes de influência, a cuja menção tudo se abre, tudo se transforma. Que fazer então?
Maria certamente sabia quão valioso era o tesouro que trazia dentro de si e gostaria de reparti-lo com os demais, com seus irmãos, com a humanidade. Mas como fazê-lo, se eles estavam ocupados demais para perceber, para ouvir as mais sublimes novas que o ser humano já ouviu?
“Não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2:7), conta-nos o evangelista.
A alternativa foi acomodar-se entre os animais, os irracionais. Será que já pensamos nisto, que o Filho de Deus veio ao mundo entre animais porque não encontrou lugar entre os homens? Por que estes estavam ocupados demais para recebê-Lo?
E os todo-poderosos e sábios da época não perceberam o que estava acontecendo. O Menino-Deus veio ao mundo, anunciou-Se aos humildes pastores das campinas de Belém, passando por alto aqueles que se julgavam donos da verdade e herdeiros das promessas divinas.
Tudo isto porque não havia lugar para Ele. A vila de Belém estava cheia demais para recebê-Lo. As pessoas estavam preocupadas demais para se importarem com mais um bebê. Só que Esse era o Filho de Deus, o Salvador da humanidade.
E esse mesmo Jesus que ressurgiu dentre os mortos e foi glorificado junto ao Pai, bate à porta de nossa casa, mais propriamente à porta do nosso coração. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo” (Apocalipse 3:20).
Segundo H.G.Wells, “Jesus é grande demais para nossos pequenos corações”. Mas assim mesmo Ele quer entrar. E isto devia fazer-nos pensar.
Em nossos dias, no corre-corre das grandes cidades, ou na paz das aldeias mais distantes, as pessoas continuam ocupadas demais para se importarem com Jesus. Ainda não há tempo e lugar para Ele. Tentemos ignorá-Lo e acabaremos sendo ignorados quando Ele voltar.
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-> Texto: IFO – Atalaia ano 56, nº 12, p. 3
-> Música: Mara Leite, “Queres mesmo ver Cristo voltar?”
-> Narração: Amilton Menezes