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TEMPO DE REFLETIR 410 – 14 de fevereiro de 2015
“E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora” (João 11:43).
Lázaro estava doente e suas irmãs, Marta e Maria, enviaram mensageiros a Jesus, dizendo: “Lázaro, aquele que Tu amas, está enfermo”. Jesus demorou vários dias para visita-lo e Lázaro morreu. Diante disso, eu pergunto: Podem aqueles a quem Jesus ama ficar enfermos e morrer?
Aqueles dias de demora foram dias de agonia, não só para Lázaro, mas também para as suas irmãs e seus amigos. Vale a pena ter um Deus, se, no momento em que a gente mais precisa, Ele não está presente? Vale a pen a pedir e orar, se a resposta não aparece de nenhum lado? Adianta acreditar num Deus que parece que tem tempo para todos, menos para a gente?
Com tristeza e em meio ao desespero, Marta e Maria viram o seu querido irmão morrer. Viram seu corpo ser depositado no sepulcro. Viram seus sonhos acabando e seus planos caindo aos pedaços.
Foi então – quando humanamente estava tudo acabado, quando já não havia esperança alguma – que Jesus apareceu.
“Tirai a pedra”, disse Jesus, e Maria explicou que já fazia quatro dias que o irmão estava morto, que já cheirava mal, que já não havia possibilidade nenhuma de conserto.
“Tirai a pedra”, disse Jesus, e, depois que os homens fizeram a sua parte, o Deus da vida chamou: “Lázaro, vem para fora”. Lázaro ressuscitou. Alguma vez você já pensou por que Jesus não escolheu um morto que ainda estava esfriando para ressuscitá-lo? Por que escolheu alguém já em estado de decomposição: Que hábito aquele de gostar das coisas impossíveis!
Por trás de todo ato divino sempre existe um propósito, e o que Jesus estava querendo dizer é que, quando para o ser humano tudo está perdido, acabado, quando já não há esperanças, quando os sonhos estraçalhados ficam no chão, ainda resta Sua vez, Ele é especialista em coisas impossíveis. Ele nos dá o direito, mas tem poder suficiente para mostrar que só duvida quem quer.
Por que não pedir que o Jesus das coisas impossíveis tome o controle da embarcação? Ele está disposto a ressuscitar os sonhos, o futuro, os valores, os princípios e até a dignidade que pode parecer morta. Ele está disposto a tirar qualquer um da prisão das drogas, da mediocridade, do orgulho, dos temores ou dos preconceitos, mesmo que a pessoa esteja enterrada pela vida.
O que é preciso fazer para que o milagre aconteça? Tirar a pedra. Mas o Jesus que teve poder para ressuscitar, não tem poder para tirar a pedra? Claro que tem. Mas Ele também nos deu o direito de escolha. Tirar a pedra é decidir, é aceitar, é dizer “sim”. E isso é a única coisa que Deus não pode fazer pela gente. Ele não entra na vida de ninguém pela força. Respeita a liberdade. Dá-nos o direito de duvidar, de rejeitar e até de caçoar.
Que grande dia aquele para Marta e Maria! Elas esperavam apenas uma cura, Jesus demorou, mas quando chegou trouxe consigo a ressurreição. Jesus nunca demora à toa. Sempre tem algo maior do que esperamos.
Ficha Técnica:
-> Texto: Alejandro Bullon
-> Música: Leonardo Gonçalves e Laura Morena, “Ele virá”
-> Locução e edição: Amilton Menezes
-> Finalização: Isa Vasconcelos