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TEMPO DE REFLETIR – 2 de dezembro de 2012
Todos falavam bem dEle, e estavam admirados com as palavras de graça que saíam de Seus lábios. Mas perguntavam: “Não é este o filho de José?” Lucas 4:22
Essa passagem é o meu modelo para a vida cotidiana. Jesus, cheio de graça, viveu graciosamente.
Discursar sobre a graça é uma coisa; viver a graça é outra história. Posso falar por experiência própria. Ao longo dos anos, com frequência e intensidade crescentes, minhas pregações e textos passaram a ressaltar a graça. A cada sermão, a cada testemunho, sou também abençoado, graça sobre graça. Mas sou obrigado a dizer que, muitas vezes, infelizmente, minha prática não condiz com minha pregação. As palavras de Jesus eram sempre cheias de graça, mas as minhas facilmente saem manchadas com rispidez e negativismo. A vida de Jesus sempre transmitiu ânimo e convicção às pessoas ao seu redor, mas a minha transmite uma mensagem misturada de qualidade positivas com egoísmo e orgulho.
De todos os aspectos da vida, creio que aquilo que falamos é o melhor meio de revelar quem e o que somos. “A boca fala do que está cheio o coração”, disse Jesus (Mt 12:34). Essas palavras foram seguidas de uma forte afirmação: “Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados” (v. 37). Tiago observou: “Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo” (Tg 3:2).
Em meu trabalho, recebo milhares de cartas e muitos telefonemas. Leio toda correspondência, até mesmo as cartas “quentes” que preciso colocar luvas térmicas para segurar. Logo no início de minha carreira como editor da Adventist Review, sempre respondia aos questionamentos que recebia, ponto a ponto. O que significa que essas cartas voltavam para mim com uma nova rodada a ser respondida.
Com o tempo, aprendi a não argumentar, nem debater. Aprendi a responder de maneira branda e suave, agradecendo a pessoa por dedicar tempo para me escrever e dizer-lhe que talvez tivesse razão. Que diferença isso fez! Hoje, os que enviam cartas agressivas para mim voltam a escrever, às vezes com um pedido de desculpas, às vezes pedindo que eu rasgue a carta anterior.
Os telefonemas são mais difíceis. A voz acusadora do outro lado da linha incentiva a resposta automática no mesmo nível. Mas esse tipo de conversa não leva a lugar nenhum. Muito melhor é responder com palavras de paciência – palavras de graça.
Viver com graça. Esse é o meu objetivo. Fácil falar, difícil fazer, mas possível pelo poder do Espírito de Deus.
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira. http://www.cpb.com.br
-> Música:
-> Narração: Amilton Menezes