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Hoje vamos estudar mais uma profecia do livro de Atos. Está no capítulo 9, versículo 15: “Disse-lhe, portanto o Senhor: Vai! Este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel”.
A ordem foi dada para um cristão chamado Ananias. O recado era para visitar o maior perseguidor da igreja cristã, um fariseu radical chamado Saulo. E, antes de qualquer coisa, vamos considerar um pouco da história desse homem.
Saulo de Tarso “era cidadão romano de nascimento, mas judeu por descendência, e fora educado em Jerusalém… Era considerado pelos rabinos como um jovem altamente promissor, e grandes esperanças eram acariciadas com respeito a ele, como capaz e zeloso defensor da fé. Sua elevação a membro do Sinédrio colocou-o numa posição de poder. Saulo tinha tomado parte saliente no julgamento e condenação de Estevão” (Atos dos Apóstolos, pg.112).
Saulo, portanto, era um homem de poder e prestígio entre os líderes religiosos em Jerusalém. Não concordando com a fé cristã, entendeu que estava fazendo um grande bem para a comunidade castigando e prendendo esses dissidentes.
Com essa disposição ele conseguiu cartas com autorizações para ir até Damasco e prender os cristãos que lá estivessem.
Damasco “era uma cidade da Síria, situada no planalto, e regada pelos rios Ábana e Farfar. O planalto achava-se a 720 metros acima do nível do mar. Nos lugares regados pelos canais derivados dos rios, o terreno era de grande fertilidade, de modo que a cidade se achava cercada de pomares, hortas e jardins… A tradicional rua direita tinha cerca de três quilômetros e meio de comprimento, e passava pelo centro da cidade… Hoje é rua pobre, mas nos dias de Ananias e Saulo, era uma rua rica e movimentada”.
A escritora Ellen White conta que “no último dia da viagem, ao meio-dia, quando os cansados viajores se aproximavam de Damasco, seus olhos contemplaram o cenário das amplas extensões de terras férteis, belos jardins e pomares frutíferos, banhados pelas refrigerantes correntes das montanhas ao redor… Enquanto Saulo e seus companheiros se deleitavam na contemplação da planície frutífera e da bela cidade abaixo, algo aconteceu a Saulo subitamente, e ele assim declarou mais tarde: ‘envolveu a mim e aos que iam comigo, uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, e por demais gloriosa para que olhos mortais a suportassem’. Cego e desorientado, Saulo caiu prostrado ao chão” (idem).
Foi aí que ouviu: “Saulo, Saulo, porque me persegues? Ele disse: quem és Senhor? E disse o Senhor: eu sou Jesus a quem tu persegues” (Atos 9:4-5).
Amigo ouvinte, quero deixar de lado por um instante a experiência de Saulo, para dizer o seguinte: quando você critica, magoa, fere, persegue, despreza, humilha, ridiculariza, zomba de um ser humano, você está ferindo o Criador.
Saulo nunca imaginou que estava perseguindo a Jesus Cristo. Ele olhava ao redor e via apenas pessoas fanáticas e que, na opinião dele, deveriam morrer. Porém, agora teve uma outra visão. Ele pensava que estava fazendo um trabalho para Deus, quando na verdade atuava como um agente de Satanás.
Saulo estava sinceramente errado. Pensava que fazia um grande bem para Deus, porém descobriu que estava agradando ao inimigo do Senhor.
Saulo foi, então, conduzido pelos amigos até a cidade de Damasco. Ali ele ficou três dias sem ver e não comeu e nem bebeu (Atos 9:9).
Após os três dias, provavelmente um anjo foi enviado por Deus para solicitar que Ananias fosse até a rua direita, e orasse por Saulo. Ananias achava que Deus estava pedindo muito para ele. Na visão de Ananias, ali estava um dos maiores perseguidores da Igreja, e não era seguro se envolver com uma pessoa que tinha prendido e maltratado tantas pessoas. Para Ananias, Saulo não merecia nenhuma atenção de sua parte.
Nesse contexto foi feita a profecia sobre Saulo. O que na visão humana não tinha nenhum valor, para Deus era de extrema importância.
Ananias, então, “obediente à orientação do anjo, saiu em busca do homem que ainda recentemente havia respirado ameaças contra todos os que criam no nome de Jesus” (ibidem).
A profecia revelava que Deus tinha um plano especial com o ex-perseguidor. Ele seria o elemento que Deus iria usar para contar a história do homem da cruz em terras estrangeiras. Iria evangelizar os gentios, ou seja, pregar aos não judeus, inclusive para reis e grandes autoridades mundiais daquela época.
E realmente tudo aconteceu. Inclusive o próprio nome foi mudado para Paulo, que significa “pequeno”. A grandeza ostentada por Saulo agora não tinha mais valor. A partir do encontro com Jesus na estrada para Damasco, os valores foram invertidos. Paulo, o pequeno, seria grande aos olhos de Deus.
Paulo foi um dos apóstolos que mais fez viagens missionárias. Anunciou Jesus como Salvador em quase todas as partes do mundo de sua época. Pregou o evangelho nas praças, sinagogas, ruas, prisões, casas, à beira de rios, nos barcos em viagens…
Paulo, o homem que se deixou usar pelo Espírito Santo. Grande exemplo para todos nós, hoje. Não foi desobediente ao chamado de Deus. Honrou-o até o fim.
Creia também em Deus. Você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.