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Hoje quero estudar mais uma expressão profética de Jesus. Desta vez está em João 9:7 e foi dirigida a um cego. “Vai, lava-te no tanque de Siloé”.
Perceba que o verso um diz que Jesus estava de passagem. Ou seja, o destino dessa viagem não era o lugar onde o cego vivia. Jesus estava passando por aquele lugar.
Ao visitar Jerusalém o relato bíblico diz que o encontro com o cego e a realização do milagre ocorreu em um sábado. O cego normalmente ficava próximo ao templo ou a um lugar movimentado onde podia pedir esmolas e comover os transeuntes com sua lastimosa situação.
“No Oriente próximo, a cegueira era muito comum, e se deve a muitas causas, especialmente a tracoma. Entre os milagres mencionados nos evangelhos, este é o único que se destaca que este mal acompanhava esta pessoa desde o seu nascimento” (S.D.A.B.C. vol. 5 pg.972).
Os discípulos, quando viram este cego, aproveitaram para pedir a opinião de Jesus sobre um assunto tão familiar entre eles. A questão era: qual o culpado desse mal, o cego ou os pais dele?
Nos dias de Jesus acreditava-se que as doenças eram castigo de Deus a pecados cometidos pelo doente ou pelos pais do enfermo.
De acordo com o Talmud: “Não há morte sem pecado, e não há sofrimento sem iniqüidade” (idem). “O rabinos também ensinavam que Deus se encarregava de que o pecado fosse castigado de acordo com a seguinte regra: a medida com que um homem mede, será medido também. Sansão desejou com os seus olhos, e por isso os filisteus arrancaram os olhos dele após quando foi preso. Absalão de gloriava do seu cabelo, e por isso ficou dependurado pelo cabelo ao passar embaixo de uma árvore.
Os judeus acreditavam que cada pecado trazia um tipo de castigo, e por isso era fácil descobrir qual era o pecado que determinada pessoa havia cometido. Um rabi por nome de José, ensinava que Deus castigava com calamidades naturais, aos que mereciam a morte. O que havia sido sentenciado ao apedrejamento, poderia também morrer ao cair de um telhado ou pisoteado pelos animais. O que havia sido sentenciado a morrer numa fogueira, poderia em algum momento cair no fogo, ou ser picado por uma cobra venenosa. O que havia sido sentenciado a ser decapitado poderia morrer vitima de um assalto. O que foi sentenciado ao enforcamento poderia também morrer afogado em um rio ou asfixiado” (ibidem).
“Alguns rabinos ensinavam que a epilepsia, cólera, mudez e surdez, eram o resultado visível da transgressão das regras mais comuns da tradição judaica” (idem, p. 973).
Estas declarações históricas comprovam qual era o pensamento mais comum nos dias de Jesus. É por este motivo que os judeus perguntaram a Cristo quem fora o pecador para que aquele homem tivesse nascido cego.
Jesus conhecendo toda esta situação disse: “Nem ele pecou nem seus pais” (João 9:3).
Jesus passa então a corrigir uma idéia equivocada sobre a causa das doenças e as conseqüências do pecado. A situação vivida por aquele homem não era fruto do pecado do cego e tampouco dos pais. Havia uma outro objetivo. Bem maior. No caso, para que as obras de Deus fossem manifestadas.
Depois de corrigir e orientar os discípulos com relação a esse assunto, Jesus cuspiu na terra, fez lodo com saliva e aplicou nos olhos do cego. Então, deu a ele uma ordem profética: Vai, lava-te no tanque de Siloé.
Esta profecia podia ter o seu cumprimento imediatamente ou nunca se tornar realidade. O cego nunca havia visto Jesus. Era cego desde o nascimento. A Bíblia diz que Jesus não fez nenhum discurso ou sermão. Tampouco trocou informações com o cego. Apenas fez lodo com a sua própria saliva e colocou nos olhos daquele sofredor e o mandou que fosse até o tanque de Siloé.
Perceba que o milagre dependia da obediência do doente. Era uma profecia de cura condicional. A oportunidade de enxergar pela primeira vez estava nas mãos e nos pés do cego. A fragilidade dele era agora o grande ponto para a atuação de Deus. O ponto fraco e as limitações eram a grande oportunidade para Deus agir.
Eu não sei como o cego chegou até o tanque de Siloé. Ou ele conhecia bem o caminho ou recebeu ajuda de alguém. E o mais extraordinário e almejado então aconteceu. O cego de nascença passou a ver.
Amigo ouvinte, para Deus não importam quais sejam suas limitações. Deus não está preocupado com isso. Nem com o seu passado. A graça e o perdão dEle estão a disposição de todos os seres humanos. Nada é barreira para o Criador do Universo. Ninguém foi tão longe que não possa ser alcançado e transformado.
Creia no Senhor Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar.