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Hoje vamos estudar a última carta das 7 igrejas do Apocalipse. Foi endereçada para Laodicéia.
Laodicéia “foi fundada por Selêucida Antíoco II, quando então recebeu este nome baseado no nome próprio da esposa dele, Laodice. Nos tempos romanos, a posição geográfica de Laodicéia favorecia o seu desenvolvimento. Estava localizada entre as principais estradas… Essas estradas encorajavam o comércio em Laodicéia, que se tornou um centro bancário e comercial. Várias indústrias surgiram ali, como a de lã, a de tabletes medicinais e a de fabrico de roupas… Descobertas arqueológicas conseguiram recuperar uma pista de corridas e três teatros” (O Novo Testamento Interpretado, vol.6, pg.429-430).
Portanto a cidade de Laodicéia tinha as seguintes características: havia muita gente rica; era um grande centro bancário e financeiro; era famosa pela fabricação de um tecido preto; havia uma escola da Medicina, que se destacou pelo “pó frígio”, que dissolvido em água servia de colírio.
Quatro grandes estradas atravessavam Laodicéia. No ano 61 de nossa era foi praticamente destruída por um terremoto. Porém, os laodiceanos recusaram qualquer ajuda do governo romano. Eles mesmos reconstruíram o lugar.
“Perto da cidade havia um bom numero de fontes de água mineral, fria, quente e morna. Acreditavam que as águas possuíam propriedades curativas. E, conquanto fossem agradáveis para banho, as águas mornas eram de sabor desagradável e produziam náuseas. Os banhos mornos e fontes minerais atraíam muitos visitantes da Europa e da Ásia” (A verdade sobre as Profecias do Apocalipse, Araceli de Mello, ed.1982, pg.45).
A profecia feita para a Igreja de Laodicéia é uma das mais lindas de toda a série. Apresenta o grande sonho de Deus. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:20).
Antes de estudar a profecia, vejamos alguns outros detalhes que nos ajudam a compreender plenamente o assunto. Comecemos pelo significado do nome “Laodicéia”. É a junção de duas palavras gregas: “Laos”, que significa povo, e “dike”, que significa juízo. Portanto, a palavra Laodicéia significa “povo do juízo” ou “julgamento do povo”.
O período que a Igreja de Laodicéia representa na história de Igreja cristã, vai de 1844 até a segunda vinda de Cristo. Este é o único período que tem data para começar, porém, não tem para terminar.
Quando João escreveu o Apocalipse a igreja de Laodicéia já existia pelo menos uns 40 anos antes (C.B.A.S.D. vol.6 pg.776). Jesus a apresenta como a “amém” (3:14), ou seja, dá a entender que a história da igreja cristã está sendo concluída com ela. Também é apresentada como sendo testemunha fiel e verdadeira.
Porém, nem tudo são flores. A igreja é duramente condenada pelo Senhor. E uma das características negativas é a mornidão. Para Deus, seria melhor que fossem frios ou quentes, e não mornos (Apocalipse 3:15). A mornidão é perigosa pois leva para uma posição confortável, despreocupada.
Os laodiceanos tinham água morna em abundância em suas casas. Jesus, ao analisar a igreja de Laodicéia, diz que a vida religiosa deles é comparada a água morna. Isso causava náuseas, repulsa, vontade de vomitar (3:16).
Esse é o sentimento dos céus com relação a posição acomodada dos cristãos do tempo do fim. E não somente com essa falta de envolvimento ou comprometimento. Também pelo orgulho decorrente da riqueza e do conforto.
Os laodiceanos tinham orgulho da riqueza e prosperidade. Porém, ao serem avaliados por Jesus, é dito que não passavam de uns “desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus” (3:17).
Para essa igreja, que é rica aos olhos humanos, porém pobre aos olhos divinos, Jesus oferece uma solução: os cristãos de hoje são aconselhados a comprar o ouro provado no fogo, vestidos brancos e colírio para que a visão seja perfeita (Apocalipse 3:18).
É interessante que nos dias de João, Laodicéia produzia um tecido preto muito famoso. Já a escola de medicina havia descoberto um colírio e uma grande parte se orgulhava de toda essa prosperidade.
Mas qual é a solução para toda essa situação? A resposta também está nesta profecia. João profetizou que Jesus está à porta, batendo. Aquele que ouvir e abrir a porta para Ele, vai receber a visita dEle e mais: vai jantar com o Salvador. Aí está a solução. Jesus é a solução para ricos que são pobres e para pobres que podem ser ricos.
Era muito comum em Laodicéia, uma pessoa, à noitinha, se aproximar de uma casa e pedir para dormir. Naquele lugar as pessoas trabalhavam muito. Por causa disso, as refeições da manhã e do almoço eram muito rápidas. Porém, a refeição da noite durava de duas a três horas. Ali comiam e conversavam longamente.
É isso que Jesus quer fazer conosco, hoje. Habitar nosso coração, nossa vida. Fazer morada. Permanecer demoradamente, conviver conosco, transformar nossa dura realidade em vida rica de bênçãos.
Ele continua batendo à porta de nossa mente, de nosso coração. Deixaremos Ele entrar? Creia no Senhor para estar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar.