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TEMPO DE REFLETIR 141 – 21 de maio de 2014

Volte!…

Por que você tenta pintar o seu mundo de cor-de-rosa?  Sabe, amigo, eu não caminhei por certos caminhos porque não quis, não fiz o que você acha que é o maior barato pois eu sei que atrás dessa curtição existe um mundo. Um mundo negro, muito negro.
Você também sabe disso, porém procura fugir dessa realidade de qualquer maneira. Tentando pintar a vida de cor-de-rosa. A cada tragada, a cada picada, o seu mundo fica mais negro, e não cor-de-rosa como é a ilusão do mundo. Nós amamos você e não queremos de maneira nenhuma que você continue nessa.

Você se lembra que por muitas vezes pensou em voar? Voar para longe, para o infinito? Voar é para os pássaros. Pare e coloque os seus pés no chão. Esse seu mundo colorido não vai ensinar-lhe a sorrir e manter-se em pé nas horas das frustrações. Somente estando com  os dois pés no chão você vai entender a  vida. Desta maneira você está jogando fora o que de melhor Deus deu para o homem: a liberdade. Liberdade para ser e pensar como criatura dEle. Livre… Ilusão enganosa!  Sim, são artificiais esses paraísos que dependem de comprimidos, pós e seringas. Você está aos poucos sendo preso numa redoma de cristal, onde impera o mundo colorido, os sonhos, os altos sons, um mundo imaginário que na realidade não vai levá-lo a nada.

Estas viagens psicodélicas, ao sobrenatural, são uma fuga covarde da vida. Pare com essas buscas ao nada. Pare! Ainda é tempo de você voltar. Deixe de tentar ser pássaro e querer voar alto. Assuma seu lugar, pise com os dois pés no chão. Você não precisa desse mundo colorido. O mundo já é colorido: quanto verde, quanto azul podemos contemplar? E você por esse vício maldito está procurando fazer o mundo cor-de-rosa, esquecendo-se que por trás disso existe um mundo negro.

Volte enquanto é tempo, enquanto o seu mundo não está totalmente escuro. Ainda existe uma claridade. Essa claridade é a nossa vontade de vê-lo longe desse mundo que momentaneamente parece ser colorido e bom.

Volte! Deixe de ser parasita, de vegetar, pois a droga não é e nunca foi a solução, mas uma ilusão enganosa e passageira.

Volte, querido amigo. Estamos aqui. Esperando com aquele apoio para dar e com a amizade e o carinho de sempre. Nós não mudamos. Você é quem mudou.

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-> Texto: Marly Silveira
-> Música: Nilson Lins, “Corpo, alma e coração”
-> Narração: Amilton Menezes