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Zacarias exerceu o seu ministério profético em torno do ano 520 AC. Ele foi chamado por Deus para ajudar o povo judeu que tinha retornado de Babilônia para Jerusalém. Eles estavam mais preocupados com os seus interesses materiais, do que em atender os interesses de Deus.
Mas, ao mesmo tempo em que buscavam construir as suas casas, os recursos eram insuficientes. O povo estava em crise financeira. O profeta Zacarias surgiu com a resposta para o problema que estavam enfrentando. Se quisessem prosperidade, teriam que colocar os interesses de Deus em primeiro lugar. Se eles dedicassem mais do seu tempo e dinheiro para construir os muros e o templo, também haveria dinheiro para fazerem as suas casas.
A profecia de hoje, porém, é de alegria. “Alegra-te muito, ó filha de Sião! Exulta ó filha de Jerusalém! Vê! O teu rei virá a ti, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, filho de jumenta” (Zacarias 9:9).
Esta profecia foi feita mais de cinco séculos antes de ser cumprida. Vamos analisar alguns detalhe desta mensagem profética. Na primeira parte é dito que Sião devia se alegrar com o que iria acontecer. “Alegra-te muito”, foi o conselho de Deus. Em quê Sião devia alegrar-se?
“Sião é chamada a se regozijar na salvação prometida que será realizada através da vinda do seu rei, o Messias. A sua vinda não trará nenhum ganho ou vantagens materiais, como acontece com a chegada de qualquer rei terrestre… Os judeus são exortados a dar as boas vindas ao seu Rei, que vem tendo em vista a salvação deles” (Estudo sobre os Profetas Menores vol.2 pg.224).
O povo é desafiado a olhar para uma promessa futura e a alegria já deveria tomar conta do coração de cada um naqueles dias. O Messias não havia chegado, mas já podiam viver momentos de grande alegria, na expectativa do que iria acontecer. O Messias iria chegar!
Atente para as características desse Prometido: Primeira: Ele será justo. Os reis que eram conhecidos deles eram perversos, maus. Já este prometido Salvador vem com justiça. Nada do que Ele fizer terá uma mancha sequer de erro ou injustiça. “A palavra justiça aparece mais de 200 vezes no Antigo Testamento. Pode também ser traduzido por justo e reto” (S.D.A.B.C. vol.4 pg.1128).
O que o profeta está tentando dizer para o seu povo, é que a retidão moral, é um dos atributos inerentes ao Messias. Ao futuro Rei não seria necessário fazer apelos para que fosse justo. Ele seria, naturalmente, justo.
Segunda característica do Messias: o Rei seria humilde. Com toda a certeza, os judeus conheciam muito bem, a arrogância dos conquistadores que tinham invadido a Palestina. O Rei anunciado por Zacarias, não teria nenhuma semelhança com os monarcas conhecidos da época.
Terceira: o Rei viria montado em um jumentinho. Não chegaria com a arrogância de um homem de guerra, e sim com a gentileza de alguém cujas as conquistas tem por objetivo o estabelecimento da paz.
A expressão “humilde”, também quer significar “pobre”. Algumas traduções apresentam este verso desta maneira: “Ele é pobre e vem montado sobre um jumento, cria de jumenta”. “Por certo o pensamento do profeta era mostrar a diferença entre a chegada de um conquistador como Alexandre, num fogoso e bem treinado corcel de guerra, enquanto que o Rei prometido a Israel viria num pacato jumentinho, mostrando a pacificidade do cavaleiro” (Estudo sobre os Profetas Menores vol.2 pg.225).
Esta profecia teve o seu cumprimento em um domingo do ano 31 de nossa era. “Jesus havia chegado em Betânia, a uns 3 km de Jerusalém, e havia descansado no Sábado. Durante esta visita, Simão ofereceu um jantar em honra a Jesus e Lázaro” (S.D.A.B.C. vol.5 pg.457).
No dia de sábado Jesus esteve em Betânia. No dia seguinte começou a se preparar para entrar em Jerusalém, só que desta vez seria bem diferente das demais. Chegando próximo a cidade pediu aos discípulos que fossem a uma aldeia próxima e trouxessem um jumentinho, que estava amarrado próximo a uma casa (Mateus 21:2-3).
Jesus estava no monte das oliveiras, quando trouxeram o animal. “O monte das oliveiras, é uma montanha baixa que está a uns 800 metros acima do nível do mar, cerca de 80 metros acima do nível médio da cidade de Jerusalém e uns 90 metros acima do local onde está o templo” ((S.D.A.B.C. vol.5 pg.457).
Roupas foram colocadas sobre o jumentinho e Jesus começou a viagem em direção ao centro da cidade. As pessoas estendiam ramos de palmeiras no caminho por onde Jesus e a multidão passavam (Mateus 21:7-8). Quando chegaram à cidade, uma verdadeira comoção tomou conta de todos. O povo exclamava: “Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! (Mateus 21:9).
Foi a primeira vez que Jesus aceitou ser chamado de Rei. Ao entrar em Jerusalém, montado num jumentinho, Jesus estava cumprindo a profecia de Zacarias. Havia chegado a sua hora e, pela primeira vez, se apresentou a Israel, como o verdadeiro Rei. Havia alegria, conforme predito pelo profeta. Apenas a liderança religiosa da época é que não estava feliz, porque estavam cegados pelo poder, tradições, ciúmes e preconceitos.
Amigo ouvinte, as profecias estão se cumprindo ao nosso redor. Em breve o nosso Rei virá, mas não mais montado em um jumentinho. Voltará nas nuvens dos céus, com poder a grande glória (Apocalipse 1:7), para implantar o seu reino de glória nesta terra para toda a eternidade. Não podemos cometer o mesmo erro da liderança judaica daquela época. É preciso que estejamos atentos e preparados para esse dia.
Por isso, creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.