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Jesus falou muito sobre a morte dEle. Nem sempre, porém, foi compreendido. E a profecia de hoje é uma dessas ocasiões. Está em Mateus 12:40 – “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o filho do homem três dias e três noites no seio da terra”.
O que Jesus queria dizer com esse tempo de três dias de três noites? Muitos críticos da Bíblia querem pegar este texto, para provar que existem contradições na Palavra de Deus. O pesquisador sincero, porém, não encontrará neste verso motivo para duvidar da harmonia que há em todo o Livro Sagrado.
Para entender esse assunto não é difícil, não. Primeiramente temos que estabelecer alguns pontos fundamentais para o estudo. O primeiro deles é descobrir em que dia Jesus morreu. E a resposta está em Marcos 15:33 e 42 – “Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona… Era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado.”
É aceito pela grande maioria dos cristãos que Jesus morreu numa sexta-feira à tarde. Ele esteve na cruz da hora sexta (12.00) até a hora nona (15:00). Jesus esteve na cruz, portanto, por um período de três horas.
Bem, se está claro que Jesus morreu na sexta-feira, como entender a declaração dEle de que ficaria morto três dias e três noites, se ressuscitou no domingo cedinho? Não teria Ele morrido, então, na quarta-feira?
Lembre-se que Jesus viveu em uma civilização diferente da nossa, a Ocidental. Nos dias em que Ele viveu, usava-se no Oriente, como ainda hoje em algumas partes do mundo, a chamada contagem inclusiva. O dia inicial era o primeiro dia, mesmo que dele só restassem algumas horas; o dia imediato era o segundo, e as primeiras horas do dia que vinha em seguida, já eram consideradas do terceiro dia.
O pesquisador Meyer, assim comentou este assunto: “Sendo necessário perfazer os três dias e noites, deve-se fazê-lo recorrendo-se ao sistema judaico de computar o tempo. No Talmude de Jerusalém se diz que um dia e uma noite juntos formam um onah, e qualquer parte deste período é contada como um todo”.
Bem, já vimos que na mentalidade judaica é comum o processo de contagem inclusiva, e que um dia pode ser o todo ou apenas uma parte. Para a cultura judaica isto não é nenhum problema.Mas como harmonizar com isto a expressão “três dias e três noites”?
Referindo-se ao tempo da sua ressurreição, Jesus usou termos diferentes, tais como: Em três dias (Mateus 26:61), depois de três dias (Mateus 27:63), três dias e três noites (Mateus 12:40), ao terceiro dia (Mateus 16:21). A única vez que Jesus mencionou três dias e três noites, foi no texto que estamos estudando neste momento. Por que ele usou esta expressão?
Simplesmente porque Ele estava citando Jonas 1:17, que contém esta expressão. Como ele estava citando um texto específico, o fez de forma completa, incluindo “três dias e três noites”, que é na linguagem dos estudiosos da Bíblia um hebraísmo, ou uma expressão de reforço, mas que significa simplesmente três dias, em sentido comum, em contagem inclusiva.
Há um exemplo que pode bem ajudar a ampliar o conceito que está sendo desenvolvido. Referindo-se a tentação de Jesus, os evangelistas Marcos e Lucas afirmam que Jesus ficou quarenta dias no deserto sendo tentado e jejuando, mas Mateus diz que foram quarenta dias e quarenta noites (Mateus 4:2).
Por que Mateus usa os termos dias e noites? A resposta é que Mateus foi influenciado pelo aramaico, língua em que originalmente o seu Evangelho foi escrito.
Conforme a descrição de Lucas, José tendo procurado a Pilatos, pediu-lhe o corpo e o sepultou (Lucas 23:52-53). O verso 54 diz que era o dia da preparação e começava o Sábado. Depois de colocarem a Jesus na tumba, eles se retiraram e no Sábado descansaram segundo o mandamento (Lucas 23:55-56). Logo em seguida é mencionado que eles foram ao sepulcro bem cedo, no primeiro dia da semana, e o acharam vazio (Lucas 24:1-7).
Perceba, amigo ouvinte, que não existe nenhuma dificuldades para harmonizar o que Bíblia diz se a cultura hebraica e o conceito histórico forem considerados.
Esta profecia foi cumprida numa manhã do primeiro dia da semana. Para alegria de todos nós, o nosso Salvador não está preso em uma tumba em Jerusalém. Os que visitarem Israel vão encontrar apenas uma cova numa rocha junto a cidade, onde os guias turísticos dizem que Jesus foi enterrado.
Ao cumprir esta profecia, Jesus estava dizendo que Ele é o Senhor absoluto de todas as coisas, inclusiva de morte. Ele tem autoridade sobre a morte. E esta é uma boa notícia para você! Por isso, se neste momento estou falando para alguém que perdeu recentemente um amigo ou um familiar, saiba que a ressurreição de Jesus a garantia da ressurreição do seu querido que agora dorme o sono da morte.
O Apostolo João transcreveu as palavras de Jesus desta forma: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas agora estou vivo para todo sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:18).
Creia nesse Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.