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Estava na hora de o marido partir para o trabalho, e a refeição se havia atrasado, por estar molhada a lenha. A esposa justificou o atraso em termos pouco delicados, o marido revidou no mesmo tom. Palavra vai, palavra vem, e o esposo toma o chapéu e sai, sem o costumeiro beijo de despedida. Mas a consciência não o deixa em paz, e ele volta do portão e se aproxima da esposa, rogando:
– Maria, vamos esquecer tudo! Perdoe-me, e dê-me o beijinho, vá! Não nos separemos brigados!
– Não! Respondeu, ela. Não gosto mais de você!
O marido fitou-a com os olhos tristes e súplices, e repetiu o pedido, mas sem resultado; ela continuou emburrada. Afastou-se e ele então, de coração pesado, foi para o trabalho na mina de carvão.
Naquela tarde correu pela aldeia a notícia de uma explosão na mina, e eram bastante numerosas as vítimas. Sem saber se o esposo estaria entre os vivos ou entre os mortos, Maria precipitou-se para o local. Depois de algumas indagações, levaram-na para junto da fila de vítimas, estiradas no chão. Parou logo diante de uma delas, que era seu esposo. Ali jazia, mudo e frio, como a lhe pedir ainda: “Vamos esquecer tudo… perdoe..”
E Maria, chorando desconsoladamente, suplicava: “Querido, diga-me uma palavra só… Diga que me perdoa… Você não me poderá perdoar?” … (Serões do Tio Silas, pág. 259)
Amigo ouvinte, que nem de perto seja esta a sua experiência no dia de hoje. Perdoe ou peça perdão. A oportunidade é hoje. Hoje, agora estamos vivos. Alguém, quem sabe, em algum lugar espera o seu SIM, o seu perdão – “Sim, eu perdôo”, ou quem sabe o seu pedido de desculpas por algum erro cometido no passado ou recentemente.
Temos a vida, esta oportunidade, este presente que o Pai celestial concede a mim e a você. Aproveitamos bem, tendo sempre no coração um espírito de amor e de perdão.