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TEMPO DE REFLETIR 323 – 19 de novembro de 2014
“… antes suportando tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo” (I Coríntios 9:12).
Ao dizer que ele estava pronto a tudo suportar por amor do evangelho, Paulo não estava empregando uma hipérbole. O apóstolo fala de experiência própria ao longo dos anos. Uma lista de provações por que passou, faz-nos estarrecer: “Até a presente hora sofremos fome, e sede, e nudez; somos esbofeteados e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos”. O apóstolo não mediu sacrifícios no seu desejo intenso de fazer avançar a causa do evangelho que tanto amava.
É mais fácil combater pela causa de Cristo, do que “tudo” suportar por esta mesma causa. É mais fácil esbofetear, do que ser esbofeteado; mais fácil pisar por cima dos outros, do que ser pisado. Exige uma medida maior de fé e de renúncia própria, ser injuriado do que injuriar. É mais fácil partir para um campo missionário distante, que nos acena com seus mistérios e aventuras, do que suportar com paciência as mazelas do trabalho em sua própria terra, para não dizer em seu próprio lar. Como disse alguém de modo pitoresco, é mais difícil ser um navio-farol, que tem de suportar parado os embates das ondas, do que ser um transatlântico que singra o mar a todo o vapor.
Há pessoas que estão dispostas a trabalhar incansavelmente, mas se lhes pede suportar uma injúria ou insulto, mais do que depressa respondem: “Não suporto desaforo”. Mas foi justamente desaforos e insinuações malévolas que Paulo suportou em mais de uma ocasião. E, certamente, foi-lhes mais fácil suportar naufrágios e prisões por amor de Cristo, do que suportar críticas e calúnias. De nosso Salvador é-nos dito que “suportou a cruz, não fazendo caso de ignomínia” (Hb 11:2). E, no verso seguinte, é-nos dito: “Considerei, pois, atentamente, Aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra Si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas”.
Estamos cansados de suportar ingratidão ou incompreensão no lar ou na igreja? Consideramos Aquele que suportou a cruz para nos assegurar a redenção eterna. À vista do Calvário, o que somos chamados a suportar é indigno de qualquer comparação.
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-> Autoria: Siegfried J. Schwantes
-> Música: Jéferson Tavares, “Maior que as provas”
-> Narração: Amilton Menezes