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TEMPO DE REFLETIR 216 – 4 de agosto de 2014
“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós” (Romanos 8:18).
Paulo acabara de falar do sofrimento como parte inseparável de nossa herança como filhos de Deus. Se Deus padeceu na dádiva de Seu Filho único, se o Filho aceitou beber o cálice do sofrimento para levar a bom termo o plano da redenção, seria inconcebível que o cristão, cujo coração vibra em simpatia com o coração divino, não partilhasse desse sofrimento. Sofremos ao refletir quanto nossos pecados custaram a nosso Salvador. Sofremos igualmente ao contemplar a indiferença de muitos ao convite da graça divina. Sofremos quando nossos próprios filhos na carne rejeitam o Salvador, e vivem como se Cristo não tivesse morrido por eles. E sofremos quando a Igreja, a qual Cristo tanto amou e pela qual deu a vida, deixa de corresponder a este amor, transigindo com o mundo, em vez de conquistar o mundo para Cristo.
O sofrimento, pois, não somente é parte da contingência humana num mundo engolfado no pecado. Ele é parcela integral da vida cristã. Paulo ensinava, de igreja em igreja, que “através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus”. Atos 14:22. Num mundo hostil a Cristo, essas tribulações eram inevitáveis. O adversário faria tudo a seu alcance para acirrar as multidões contra os discípulos de Cristo. Ao dirigir estas palavras aos recém-conversos, Paulo falava de experiência própria. Acabara de ser apedrejado em Listra, sendo arrastado para fora da cidade pela plebe fanática e dado por morto.
Há, porém, um sofrimento ainda mais profundo do que o de ser perseguido por causa do evangelho. É o sofrimento que o próprio Paulo experimentava ao ver os judeus, “seus compatriotas, segundo a carne”, rejeitarem a Cristo como seu Salvador. Confessa o apóstolo: “Tenho grande tristeza e incessante dor no coração”, ao testemunhar que os israelitas, que tinham usufruído tantas bênçãos e privilégios no passado, estavam na sua maioria, fechando a porta do coração ao evangelho. Rom. 9:1-5.
Mas, quer nosso sofrimento seja o resultado de vivermos num mundo de pecado, ou resultado de sentirmos, como nosso Pai celeste, pesar por aqueles que perecem sem Cristo, uma coisa é certa: Este sofrimento não se compara “com a glória por vir a ser revelada em nós”. O gozo inefável de ver nosso Salvador face a face, nos fará considerar todo o sofrimento presente como indigno de lembrança.
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-> Autor: Siegfried J Schwantes
-> Música: Felipe Carvalho, “Minha vida entreguei”
-> Narração: Amilton Menezes