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TEMPO DE REFLETIR 1531 – 11 de março de 2018
“O reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, em sua alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo” (Mateus 13:44, NVI).
A conservação da riqueza sempre foi um problema. Isso era especialmente verdadeiro para o mundo antigo, onde os bancos não eram confiáveis e os recursos de armazenamento eram bastante inadequados. Algumas pessoas, como no caso da parábola citada acima, enterravam seu ouro no solo, apenas para morrerem sem ninguém saber a localização.
Jesus destaca em Mateus 6:19 e 20 a transitoriedade da vida. Ao fazê-lo, tece comentários sobre as três grandes fontes de riqueza da Palestina.
Primeiro, Ele nos diz para não colocarmos nossa confiança em coisas que a traça pode destruir. Na antiga Palestina, a riqueza de uma pessoa consistia muitas vezes em roupas caras. Assim, quando Geazi, servo de Eliseu, quis tirar proveito de Naamã, depois que este ficou cura- do da lepra, pediu-lhe um talento de prata e duas mudas de roupa (2Re 5:22). E uma das coisas que tentou Acã foi “um belo manto babilônico” (Js 7:21, NIV). Jesus, porém, nos adverte de que essas coisas não possuem segurança em si mesmas, pois a traça as devora ainda que estejam bem guardadas.
Segundo, Ele nos adverte a evitar as coisas capazes de ser destruídas pela ferrugem ou pelos vermes (Mt 6:19). A riqueza pode ser corroída pela ferrugem e pelos vermes, ou mesmo pelos ratos e ratazanas. As pestes destes últimos, no mundo antigo, tornavam o alimento armazenado uma fonte duvidosa de riqueza a longo prazo.
Terceiro, Jesus sugere que, se a traça, a ferrugem e outras coisas não se apoderam de sua riqueza, os ladrões o fazem. O roubo era um problema constante na Palestina, onde as paredes da maioria das casas eram feitas de barro cozido. O arrombador tinha apenas que escavar através da parede. Imagine a surpresa do dono da casa ao voltar e encontrar não apenas uma abertura extra na parede, mas dar pela falta de suas economias.
Dispomos hoje de mil e uma maneiras melhores de proteger nossa riqueza, mas mesmo assim elas não se acham completamente seguras. Ainda que nossas riquezas não passem, nós passamos. O conselho de Jesus é tão cheio de significado para nós hoje como o foi há 2.000 anos.
-> Música: Larissa Diacov, “Sei que estás a me amparar”
-> Locução: Amilton Menezes
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