Podcast: Play in new window | Download (Duration: 10:00 — 13.7MB) | Embed
Subscribe: RSS
Podcast (qualidade-32kbps): Play in new window | Download (Duration: 10:00 — 13.7MB) | Embed
Subscribe: RSS
No ultimo programa, estudamos a causa do fracasso dos habitantes de Samaria. Vimos que nem os líderes e muito menos o povo estavam interessados em conhecer a vontade absoluta de Deus. A causa do cativeiro assírio no ano 723 AC foi o desinteresse em conhecer a vontade de Deus. Eles foram destruídos por falta de conhecimento do Deus que eles diziam que serviam.
Hoje vamos estudar outra profecia de Oséias que mostra “como” eles chegaram a essa situação. Como um povo não conhecia o seu próprio Deus?
A profecia nos dá a resposta. “Alimentam-se do pecado do meu povo, e da maldade dele tem desejo ardente. Por isso como é o povo, assim será o sacerdote” (Oséias 4:8-9).
O que o profeta estava querendo dizer? De quem verdadeiramente era a culpa por estarem nesta situação calamitosa? A profecia diz que os sacerdotes estavam sendo alimentados pelos pecados do povo e dessas maldades tinham grande desejo; e conclui dizendo que assim como é o povo será o sacerdote.
Para entendermos o que Oséias estava transmitindo, vamos conhecer um pouco sobre o trabalho dos sacerdotes no tempo de Oséias. Deus havia instruído a Moisés, que os sacerdotes deveriam alimentar-se e manter a sua família com as ofertas e sacrifícios que o povo trazia pelos seus pecados. “O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá…” (Levítico 6:26).
Essa era o orientação que Deus passou a Moisés porque a tribo de Levi não ganhara propriedades – terras quando entrou em Canaã. Os levitas ficaram responsáveis por todos os serviços religiosos do povo de Israel. A herança deles era o sacerdócio e as ofertas oferecidas (Josué 18:7). Isso funcionou bem por algum tempo, porém, com o passar dos anos, o mal foi tomando conta do coração de quem tinha o dever de repreender o pecado continuamente.
No tempo de Oséias acontecia o que podemos chamar de “delinqüência sacerdotal”. Os sacerdotes perceberam que quanto mais o povo pecasse, mais ofertas eles iriam receber; quanto mais ofertas dessem, mais ricos e poderosos eles ficavam. Para esse grupo, quanto pior estivesse o povo, melhor era. Ao invés de os líderes repreenderem o erro quando os pecadores os procuravam, eles faziam o contrário. O povo era incentivado a pecar, para que o ganho dos sacerdotes aumentasse.
A profecia diz que “como é o povo assim será o sacerdote”. Ou seja, estava refletido aí o triste quadro vivido por Israel. O comportamento dos líderes religiosos era a muleta que o povo precisava para apoiar as suas ações erradas. Israel olhava para a conduta errada e leviana dos sacerdotes como uma permissão para praticar tudo o que era mau aos olhos do Senhor.
Deveria estar acontecendo exatamente o contrário. A frase correta poderia ser: “Assim como é o sacerdote será o povo”. Os sacerdotes deveriam levar o povo a uma vida mais correta, a uma vida mais dependente de Deus. Deviam ser o exemplo para os seus liderados.
Amigo ouvinte, será que encontramos em nossos dias quadro semelhante ao do tempo de Oséias? Se você tem alguma dúvida, preste um pouco de atenção na vida de alguns líderes religiosos e veja se eles estão preocupados em condenar o pecado do povo ou querem se aproveitar das fraquezas que os dominam para tirar vantagem. Infelizmente, ainda hoje, encontramos líderes que ao invés de orientar o povo sobre o que é certo ou errado, ficam tão somente preocupados em agradar as pessoas para ganhar o dinheiro delas.
Por isso, convém considerar aqui qual é a verdadeira função de um líder espiritual. Nada mais é do que mostrar qual é a vontade de Deus para o ser humano. O líder não existe para fazer o que o povo quer. O líder existe para fazer o que Deus quer. Há muitos líderes, que na intenção de se dar bem com as pessoas, fazem tudo o que elas desejam, sem se preocupar se isto é ou não a vontade de Deus. Até já ouvi de determinados líderes o seguinte: “Eu creio que isto que está na Bíblia é certo, eu creio que esta é a vontade de Deus para os seus filhos, mas eu não posso ensinar isso na minha Igreja, eles não iriam aceitar.”
Amigo ouvinte, um líder religioso não deve ficar preocupado em “se dar bem com o povo”, quando o assunto envolve princípios da Bíblia Sagrada. Quando envolve princípios, eu só devo me preocupar em estar bem com Deus.
Não é difícil saber como o povo de Israel chegou ao ponto mais baixo de violência e degradação moral. Nos dias de Oséias ninguém queria levantar a voz para condenar o erro. Todos queriam estar de bem com todos, e dessa forma cada um fazia o que bem entendia.
Se você que me ouve é líder religioso, por favor, nós não podemos repetir o mesmo erro. A nossa principal tarefa é mostrar claramente e totalmente a vontade de Deus para as pessoas. É viver o que ensinamos, é dar o exemplo em tudo e para todos.
Por isso, ao encerrar, deixo com muito carinho, duas perguntas para reflexão: você está ensinando toda a vontade de Deus para os seus liderados? Está dando o exemplo? E para você que é liderado, eu pergunto também: está você recebendo, aceitando a vontade de Deus para você, está vivendo tudo isso na tua vida? Pense nisso, por favor.
Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.