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Hoje vamos estudar uma profecia do último profeta do Velho Testamento, Malaquias. Antes vamos conhecer um pouco da história desse homem que dedicou parte de sua vida com a nobre missão de orientar um povo nos caminhos do Senhor.
“As evidências internas apontam claramente para o período pós-exílico como o tempo em que Malaquias proclamou os seus oráculos. Entretanto, as condições sociais e religiosas que transparecem no livro indicam que ele profetizou algum tempo depois que fora reconstruído o segundo templo de Jerusalém. E a ausência de qualquer referência ao trabalho efetuado por Esdras e Neemias entre os judeus que tinham voltado da servidão na Babilônia, parece indicar uma data anterior às reformas religiosas efetuadas em 444 AC.” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia vol.4 pg.36-37).
A grande verdade, é que pouco se sabe sobre Malaquias. Não há muita informação sobre a sua família, a sua origem e como já foi dito o tempo que ele exerceu o seu ministério profético. Diz um comentarista da Bíblia, que “se aceitarmos a data em meados do século V AC para a composição do livro de Malaquias, então parecerá que suas profecias tiveram lugar na própria cidade de Jerusalém” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia vol.4 pg.37).
Malaquias completa o Velho Testamento; ele é o ultimo livro de uma séria de doze, que são chamados de os “profetas menores”, e prepara o caminho para o novo.
“A palavra Malaquias, significa meu mensageiro, ou mensageiro de Jeová” (Dicionário da Bíblia – John D. Davis pg. 373). Alguém, com muita propriedade, afirmou o seguinte sobre o livro de Malaquias: “Ele é como o entardecer de um longo dia, todavia, é ao mesmo tempo a estrela da manhã prenunciando um glorioso dia” (Estudo sobre os Profetas Menores vol.2 pg.254).
Sendo que este é o ultimo livro profético do velho testamento, o que Deus incumbiu o profeta de falar ao seu povo? “O egoísmo e a irreverente conduta dos sumos sacerdotes, a deslealdade em devolver os dízimos e as ofertas, os casamentos mistos, inspiraram a mensagem de Malaquias” (Estudo sobre os Profetas Menores vol.2 pg.254).
As mensagens que foram apresentadas pelo ultimo profeta, em certo sentido, foi também a última tentativa de Deus para com um povo rebelde e obstinado. O profeta não poupou nem os lideres de suas severas acusações. A escritora Ellen White descreveu da seguinte forma as mensagens de Malaquias. “Severamente o mensageiro do Senhor tratou com os males que estavam roubando de Israel, a sua prosperidade temporal e poder espiritual. Em suas repreensões aos transgressores o profeta não poupou nem os sacerdotes nem o povo” (Profetas e Reis pg. 705).
Creio que com esta exposição já é possível ter uma idéia da maneira como o povo vivia e quais eram os seus problemas. A profecia que vamos estudar apresenta a seguinte mensagem: “Maldito seja o enganador que, tendo o animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou o grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações” (Malaquias 1:14).
Perceba que esta profecia aponta uma terrível maldição para os habitantes de Jerusalém e do território de Judá. Começa dizendo que “maldito seja o enganador”. O que Deus quer dizer com isso? Seria maldita a pessoa que, sem necessidade de prometer tal coisa, acabasse prometendo, mas depois de mudasse de idéia.
O que estava acontecendo nos dias do profeta era que muitas pessoas faziam promessas a Deus, por ocasião de uma enfermidade na família ou por estarem preocupados com a ameaça de uma grande tragédia. Assim, diante de um quadro ameaçador, faziam um voto, ou uma promessa a Deus, mas depois que a enfermidade era curada ou a tragédia prometida era desviada, reavaliavam o que haviam prometido e, geralmente, percebiam que tinham prometido algo exagerado, e assim apresentavam uma outra oferta.
Deus não suporta este tipo de procedimento. É maldito o que assim procede. Deus não aceita este jogo por um fato bem simples. Quando a pessoa está em desespero e precisa de Deus, nada do que é material tem importância. No momento em que tudo volta ao normal, e ele sente que já domina a situação, o egoísmo começa a tomar conta do seu coração e tudo volta a ser olhado como tendo muita importância para o seu dono, e cegado pelo egoísmo, o doador analisa que Deus não precisa de tudo o que foi prometido.
A grande verdade é que Deus não precisa de nossas promessas, de nosso dinheiro e das nossas ofertas, porém Ele não suporta atitudes cheias de egoísmo. É por isso que é maldito quem age desta forma.
Amigo ouvinte, ninguém é obrigado a prometer nada para Deus. Este tipo de promessa não fazia parte das ofertas que eram solicitadas para a manutenção do templo. Era uma oferta voluntária, ninguém era obrigado a fazê-la.
No livro de Atos, capítulo 5, no Novo Testamento, temos uma história chocante que mostra a gravidade de fazer promessas e não cumprir. Foi no comecinho da igreja cristã. Os novos conversos traziam ofertas generosas aos pés dos discípulos. Um casal, Ananias e Safira, anunciaram que iriam doar o dinheiro da venda de determinada propriedade. Venderam o imóvel, porém se arrependeram da promessa feita e entregaram apenas parte do valor.
Quando a oferta foi entregue, o apóstolo Pedro lamentou que Ananias havia permitido que Satanás tomasse conta do coração dele e estivesse ali mentindo ao Espírito Santo. A maldição de Deus o atingiu por completo e morreu na mesma hora (Atos 5:3-5). Após três horas, Safira, que ainda não havia sido comunicada da morte do marido, confirmou a Pedro a mentira referente a venda do imóvel. Também foi fulminada.
Entenda amigo ouvinte, que a questão aqui não é o dinheiro prometido e não entregue. O que realmente entristece a Deus é quando o egoísmo, a cobiça e a mentira tomam conta do coração humano. Por isso, sirva a Deus, não motivado pelas circunstâncias ou emoções. Seja fiel no que prometer. E creia nEle para estar seguro. Nos profetas dEle para prosperar.