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A partir do programa de hoje vamos estudar algumas das profecias feitas por Ezequiel. Ezequiel, era filho de Buzi, e esteve entre aqueles que foram deportados para Babilônia. Ele é descrito como membro da comunidade dos judeus exilados que moravam próximo ao rio Quebar. É possível que sua deportação tenha ocorrido junto com o rei Jeoaquim, por volta do ano 587 AC. Deus o chamou para o ministério profético quando ele tinha aproximadamente trinta anos de idade. Ezequiel começou seu ministério no quinto ano do cativeiro de Joaquim 593 a 592 AC (Ezequiel 1:2). Mas o profeta só foi para o cativeiro no ano 597 AC juntamente com mais dez mil judeus.
O livro de Ezequiel pode ser dividido em duas partes. Os primeiros 24 capítulos falam da destruição de Jerusalém, e a segunda parte fala da destruição das nações vizinhas. Como já estudamos muitas profecias relacionadas com a destruição de Jerusalém, no livro de Ezequiel deixaremos de fora essas profecias e passaremos a estudar as profecias relacionadas com os povos vizinhos de Israel.
A primeira profecia que abordaremos foi feita em torno do ano 590 AC. Ezequiel 25:3-5: “Dize aos filhos de Amom: ouvi a palavra do Senhor Deus: Assim diz o Senhor Deus: Visto que tu disseste: Ah! contra o meu santuário, quando foi profanado, e contra a terra de Israel, quando foi assolada, e contra a casa de Judá, quando foi para o exílio, eu te entregarei em possessão aos filhos do Oriente e estabelecerão os seus paços em ti, e porão em ti as suas moradas; eles comerão os teus frutos, e beberão o teu leite. Farei de Rabá uma estrebaria de camelos, e dos filhos de Amom um curral de ovelhas. Então sabereis que eu sou o Senhor”.
Antes de analisarmos partes especificas desta profecia, preciso destacar alguns pontos muito importantes. Até aqui temos estudado muitas profecias relacionadas com o povo de Deus. Eles sofreram duras conseqüências por terem escolhido andar longe do Senhor. O castigo ou as dificuldades começaram em primeiro lugar pelo povo escolhido, mas Deus nunca poderá esquecer as demais pessoas que vivem uma vida de rebelião declarada contra Ele. Agora estava chegando a vez dos povos que desprezaram Jerusalém e o seu Deus.
Há outro ponto que é bom que se entenda antes de estudarmos a profecia. Jeová, não é Deus só de uma nação. Ele é Deus do mundo todo. Ele não faz acepção de pessoas. Todos são filhos dEle, independentemente de qual nação pertençam. O Senhor deseja salvar tantos os habitantes de uma nação como de outra.
Um terceiro ponto é que estes castigos eram para a nação e não para uma pessoa especifica. As aflições preditas pelo profeta eram os únicos instrumentos que Deus possuía para levar esses povos a voltar para Ele. É curioso, mas sempre quando há uma crise maior as pessoas têm a tendência de se voltar para Deus.
Há ainda um outro item que não posso deixar de analisar. Deus mantém uma estrita conta com as nações. Todas são provadas para ver se estão cumprido com os propósitos para os quais elas existem. Quando ultrapassam seus limites como nação, sofrem alguma conseqüência.
Vamos então a profecia de hoje. Quem foi Amom? Amom foi um dos filhos de Ló, com a sua filha mais nova (Gênesis 19:38). Os amonitas tomaram um território, antes ocupado por uma raça de gigantes. Quando os Israelitas estavam indo para a terra prometida foi ordenado que não os molestassem, por serem descendentes de Ló. Os amonitas, ao entrarem em contato com o povo de Israel, não demonstraram nenhuma afetividade. Sempre foram muito hostis. A religião deles era cruel e degradante. Adoravam a Moloque e esse deus exigia sacrifícios humanos.
Você lembra qual foi o erro de Amom? Quando Israel foi levado cativo, os Amonitas tomaram posse das cidades pertencentes a tribo de Gade (Jeremias 49:1) e o maior pecado que cometeram foi uma coisa aparentemente simples. Se alegraram com a desgraça alheia. O texto bíblico diz que eles vibraram quando o santuário foi profanado e a nação de Israel banida para o cativeiro. O texto hebraico que foi traduzido por “Ah”, quer dizer eles sentiram uma perversa alegria com a queda de Jerusalém.
Amigo ouvinte, não foi uma coisa simples o que eles fizeram? Você vê atitudes semelhantes em nossos dias? Talvez em seu próprio lar, você já ouviu a expressão: “bem feito”. O que estas duas palavras querem dizer? Elas querem dizer algo muito simples: “eu estou feliz com o mal que te atingiu”; “eu estou feliz porque você esta sendo castigado”; “eu estou feliz com o teu sofrimento”.
Aqui há uma verdade muito preciosa que eu não posso deixar de falar sobre ela. Amigo ouvinte, quando você critica, fala mal, acusa, difama, se alegra com a desgraça alheia, deseja mal ao seu irmão, você esta atingindo o próprio Deus. Deus é o nosso pai e quando você atinge um filho de Deus, você esta atingindo o próprio Deus. Este foi o pecado de Amom. Ficou feliz com a tragédia que abatia Israel. Cristo disse: “Quando fizerdes a um destes pequeninos irmãos a Mim o fizestes” (Mateus 25:40).
Amom foi destruído pelas tribos nômades do Oriente. Rabá, a principal cidade, estabelecida na principal rota comercial daquela época, também desapareceu. A profecia se cumpriu mais uma vez.
Amigo ouvinte, Deus não se deixa escarnecer. Por isso um dos dez mandamentos, que estão registrados em Êxodo 20:7, diz o seguinte: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”. Nada acontece por acaso. Por isso, quando alguém estiver em dificuldade, sofrendo, e você sentir vontade de desprezá-lo, lembre-se do que aconteceu aos moradores de Amom. Eles apenas riram da tragédia de Israel e pagaram com a mesma moeda.
E não esqueça: creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.