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TEMPO DE REFLETIR – 21 de dezembro de 2012
Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos. Lucas 14:13, 14
O Natal sempre foi um grande evento em nosso lar. Minha mãe, apesar de pequena em estatura, transbordava em energia e dinamismo, que atingiam o auge na época do Natal. Por volta do mês de julho, começava a confeccionar os presentes, cada um deles feito por ela à mão. Com a chegada de dezembro, não perdia tempo em preparar os alimentos: compotas de frutas, geleias, tortas, bolos e pães. Éramos nove filhos, depois vieram os netos e finalmente os bisnetos. A grande festa de Natal dos Johnsson passou a incluir mais de 40 pessoas, e todos recebiam um presente feito por ela.
Mas não parava por aí. Alguns dias antes do Natal, minha mãe recebia um grupo muito diferente de pessoas. Ela trazia pessoas abandonadas à própria sorte, que não teriam chance de sentir o carinho e o amor presentes na atmosfera da ceia natalina em família. Cada um que entrava em seu modesto lar se sentia bem-vindo.
Minha mãe, sempre altruísta, tinha o dom de presentear com graça. Não estudou teologia, mas viveu o evangelho.
Presentear com graça é raro e está se tornando ainda mais raro à medida que a onda de egoísmo inunda a sociedade. A maioria de nós acha quase impossível simplesmente dar – dar sem reservas, sem esperar nada em troca. No mínimo, esperamos que o governo reduza os impostos; no máximo, procuramos obrigar a pessoa beneficiada a retribuir. Queremos receber algo em troca.
Achamos também difícil nos manter em silêncio ao presentearmos alguém. Jesus falou a respeito dos hipócritas que soavam a trombeta em público para que todos apreciassem sua grande generosidade. Eles buscaram – e conseguiram – o louvor humano; nada mais do que disso. Mas você, seguidor de Jesus, “preste sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará” (Mt 6:4).
Recordo-me da festa de Natal de minha mãe com seus presentes simples de amor e não consigo evitar contrastá-la com o Natal de muitas pessoas que vivem com fartura. O Natal se tornou um evento altamente estressante, sendo o ato de presentear um dos causadores de maior estresse.
Oh, a simplicidade em presentear! Essa é a maneira de Deus presentear Seus filhos – com graça.
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira. http://www.cpb.com.br
-> Música: Prisma Brasil, “Incomparável presente”
-> Narração: Amilton Menezes