Podcast: Play in new window | Download (Duration: 8:42 — 12.0MB) | Embed
Subscribe: RSS
TEMPO DE REFLETIR 356 – 22 de dezembro de 2014
“E eis que uma mulher cananeia… clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Mateus 15:22).
Aparentemente, Jesus nem sequer notou a presença da mulher que O seguia. Não atendeu a seus clamores, e finalmente os discípulos pediram que Ele se desvencilhasse dela, pois essa pessoa os estava incomodando. Quando afinal lhe dirigiu a palavra, Ele lhe disse que Seu auxílio não era para ela, e como a mulher persistisse em seu pedido, Jesus fez alusão aos cachorrinhos. Ela continuou, porém, a suplicar, e sua petição foi atendida.
Vedes agora uma viúva paupérrima, andrajosa e solitária. Ela comparece reiteradas vezes à presença de um juiz que poderia aliviar sua aflição num momento, se quisesse fazê-lo. Mas ele se recusa a atender-lhe o pedido. Ela comparece mais vezes diante dele para reforçar sua petição. Finalmente o juiz lhe concede a ajuda de que necessitava.
Por que esses relatos se encontram nas Escrituras? É-nos declarado que “a perseverança na oração é também uma condição para que seja atendida” (Caminho a Cristo, p. 97). Mas por quê? Será que Deus não está disposto a vir em nosso auxílio? Precisa ser persuadido a ajudar-nos?
Em ambos esses exemplos, Deus é revelado por contraste, não por comparação. A mulher sírio-fenícia foi por Jesus tratada da maneira como teria sido tratada pelos judeus. Ele desejava despertar comiseração para com ela no coração de Seus discípulos, embora nesse tempo os discípulos estivessem muito mais em afinidade com os sentimentos dos judeus em relação aos “estranhos”, e quase passaram por alto a lição ensinada por Jesus. Mas a mulher, vendo a compaixão que Jesus não podia ocultar, continuou a insistir em suas petições até ser recompensada.
O juiz iníquo é também um exemplo oposto da maneira como Deus lida conosco. O Senhor está mais disposto a conceder-nos boas dádivas do que nós a nossos próprios filhos. Ele aponta para o juiz iníquo, mostrando que se até mesmo um homem injusto pode ser conquistado pela perseverança, com quanto mais certeza serão atendidas as nossas súplicas por Aquele que deseja ajudar-nos desde o princípio, concedendo-nos o que é melhor!
Como obtemos essa perseverança? “Cristo mesmo colocou no coração daquela mãe a persistência que não se deixa repelir. Cristo foi quem deu àquela suplicante viúva, ânimo e resolução perante o juiz. … E não deixou de recompensar a confiança que Ele mesmo implantara” (Parábolas de Jesus, p. 175).
****************************************************************************************************************************************
-> Texto: Morris Venden
-> Música: Expressão Vocal, “Se meu povo orar”
-> Narração: Amilton Menezes