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TEMPO DE REFLETIR 1105 – 9 de janeiro de 2017
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará” (Mateus 6:14).
Cristo sempre Se apresenta ao homem com uma bênção em cada mão: numa, o perdão; na outra, a santidade. Ele jamais concede uma sem dar a outra.
O perdão é uma porta que nos leva à sala de comunhão com Deus e com o nosso próximo.
O perdão é um dom celeste. Não é fruto da ousadia humana, mas da brandura divina. O Dr. Mário Pereyra, em seu livro Psicologia da Reconciliação, mencionada na mensagem de ontem, falta sobre os passos do perdão. Diz ele que o caminho da reconciliação passa primeiro pelo reconhecimento moral da culpa, que produz pesar ou dor. Isso é obra do Espírito Santo. Depois, vem o arrependimento, ou seja, a decisão de mudar e a disposição de não voltar a repetir o erro. O arrependimento precisa ser comunicado ao ofendido. Esse passo é a confissão, que exige a confrontação com a vítima. Segue-se o pedido de perdão que, em geral, está entrelaçado com a confissão. O último passo é a restauração do relacionamento entre o ofensor e o ofendido.
Jesus deixou bem claro que, quando não resolvemos nossas dívidas com o nosso próximo, não obtemos o perdão da parte do Céu.
O Dr. Pereyra conta a história de duas famílias que se desentenderam por causa de uma cerca que dividia suas terras. Eram famílias influentes na política e no mundo dos negócios, num povoado ao sul do Chile. Por muito tempo alimentaram ódio e ressentimento mútuos. Até que um dia o pastor Sirtoko chegou àquele lugar e tomou a decisão de ministrar a palavra da reconciliação. “Nenhum dos dois lados – diz o Dr. Pereyra – sabia que o outro também estava estudando a Bíblia”. E chegou o dia em que ambos, tocados pelo poder divino, pediram para ser membros da igreja. Nesse ponto, o pastor leu Mateus 5:23 e 24: “Se, pois, ao trazeres ao altar a Tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”.
A reação foi a mesma da parte de ambos: “Pastor, peça-me qualquer coisa, menos isso. Jamais irei aceitar esse indivíduo”. O pastor, com fé e oração, despendeu muito tempo até que, um dia, vinte anos depois do início da contenda, os inimigos se perdoaram. E foram batizados no mesmo lago. A reconciliação foi o resultado da conversão.
-> Música: Melissa Barcelos, “Perdão, Senhor”
-> Locução: Amilton Menezes
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