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A partir de hoje quero começar a estudar com você o grande sermão profético de Mateus, capítulo 24. Vamos começar pelo verso 2: “Jesus porém lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”.
Jesus havia passado o dia todo ensinando no templo. Fora questionado por vários grupos de dirigentes judeus. O capítulo 23 apresenta todo o discurso feito provavelmente na terça-feira da semana em que foi crucificado. Mateus afirma que Jesus saiu dali para nunca mais voltar. Foi também o último discurso que fez publicamente.
Já a profecia que vamos estudar neste momento, faz parte de um sermão que começou a ser proferido por Jesus quando saíam do templo e o restante no monte das Oliveiras, para um grupo bem reduzido. Marcos, no capítulo 13, versículo 3, identifica que estes discípulos eram Pedro, André, Tiago e João.
E foi exatamente na saída do templo que alguém mostrou a Jesus toda a estrutura da construção, que era um monumento de orgulho nacional. A profecia então é feita. Não ficará pedra sobre pedra.
Os judeus tiveram vários templos. Nos dias de Jesus o que existia era o templo de Herodes. Vamos voltar um pouquinho mais na história e conhecer mais sobre a construção do mesmo.
“O templo, era o orgulho de todo o coração judeu. Josefo, compara as muralhas de pedra branca do templo, como uma montanha de neve. Algumas pedras mediam 20 por 2,5 metros. O templo estava em construção por um período de quase cinqüenta anos, e a construção de todo o prédio, incluindo os átrios e os edifícios auxiliares, se concluiu em torno do ano 63 d.C., apenas sete anos antes de sua destruição” (idem).
“O trabalho de construção deste templo, iniciou no décimo oitavo ano do reinado de Herodes. As pedras usadas eram pedras calcárias brancas, nativas da região, cortadas com precisão e polidas. A estrutura antiga foi removida até a rocha, e foram lançados novos alicerces”.
“O lugar santo deste templo, tinha vinte metros de comprimento por dez metros de largura e trinta metros de altura. No interior desta parte havia um candeeiro de ouro, a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso. A segunda parte, chamada de santo dos santos, tinha dez metros de largura e dez de comprimento, mas tinha trinta metros de altura. Entre estes dois aposentos havia uma cortina dupla, que era separada pelo espaço de meio metro. Foi esse véu que rasgou quando Cristo morreu na cruz… O átrio das mulheres ficava separado do átrio dos homens, por uma grande porta feita de bronze. Seu piso ficava quinze degraus mais abaixo do que dos homens”.
“Havia uma mureta de aproximadamente noventa centímetros de altura, que circundava toda a área em torno do santuário e dos átrios, para que os gentios não pudessem entrar. Em cada lugar haviam placas indicando que não era permitido que gentios (não-judeus) ultrapassassem aquela murta. Quem fosse apanhado transgredindo tornar-se-á passível da pena de morte” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, vol.6 p.439).
Além dos muros internos que protegiam o templo do acesso de quem não fosse judeu, havia muros externos para a proteção de todo o edifício. Também muitos portões e torres. Uma das torres mais famosas, era a torre de Antônia.
Não quero mais gastar tempo descrevendo como era o templo, mas creio que já foi o suficiente para que você tenha a idéia de que era algo imponente e grandioso para aquela época.
A profecia demorou quarenta anos para se cumprir. Próximo ao ano setenta, houve uma revolta dos judeus contra Roma. “Vespasiano, general romano, que dera inicio a campanha para subjugar a revolta dos judeus, não demorou muito a ser chamado de volta para Roma, a fim de assumir o trono. Por isso, Vespasiano, comissionou seu filho, Tito, para que subjugasse os judeus, pela força. Isso culminou em um ataque a Jerusalém e ao templo. Na primavera do ano 70 d.C., Tito comandou o ataque final. Depois de terem falhado os seus esforços para fazer os judeus se renderam e assim ser preservada a integridade da cidade, Tito construiu uma parede em torno da cidade, a fim de impedir que chegassem reforços, e deu inicio ao seu golpe final: Atacar a torre de Antônia. Os arredores do templo foram incendiados, e finalmente, o átrio interno do templo foi cercado, no dia 29 de Agosto do ano 70 d.C.
Contra o desejo expresso de Tito, no ataque ao átrio interior, um soldado romano lançou uma tocha acessa, para o interior de uma das câmaras laterais. Embora Tito tivesse corrido, ordenando para que, o fogo fosse exterminado, foi impossível obedecer as suas ordens. Em vez disso, um outro soldado romano incendiou o interior do lugar santo, que por fim incendiou o próprio santuário. Cerca de seis mil pessoas que se esconderam na área do templo, foram mortas” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia vol.6 p.441).
Historiadores contam que o sangue corria como água pelas escadas do templo abaixo. Tudo foi arrasado, tanto a cidade como o templo. Mais de um milhão de pessoas morreram. Os que sobreviveram foram levados à Roma como escravos e lançados nos anfiteatros ou dispersos por toda a terra como vagabundos sem lar (Grande Conflito, p. 30 e 32).
Amigo ouvinte, as pessoas daquela época confiaram nas pedras. E elas foram derrubadas. Não confie em coisas, nem em posses ou pessoas. Confie em Jesus. Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.