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A partir deste programa quero estudar com você algumas profecias e mensagens oportunas para nossa vida do capítulo cinco de Mateus onde Jesus apresentou um longo e envolvente sermão. Os estudiosos da Bíblia crêem que esse sermão foi pronunciado entre os meses de julho e agosto do ano 29 de nossa era (S.D.A.B.C. vol. 5, p.313).
Nesse capítulo cinco temos as famosas bem-aventuranças. Bem-aventurado quer dizer “feliz, afortunado, bendito, super feliz”. Vamos começar, então, com o verso 3 – “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Quando Jesus profere essas palavras no sermão monte Ele está procurando alcançar o supremo desejo de todo o coração humano: a felicidade. “Esse desejo foi implantado no homem pelo próprio Criador, que originalmente tinha o propósito de levá-lo a encontrar a verdadeira felicidade mediante a cooperação com Deus, o Criador” (S.D.A.B.C. vol.5, p.315).
Felicidade é o sonho de Deus para todos nós. E isso é muito mais do que um sentimento de prazer ou alegria momentânea. Há muitos que confundem felicidade com alegria. Nem todo o prazer ou alegria produz felicidade. Algumas coisas produzem prazer e alegria no momento que estão sendo vividas, porém, com o passar dos dias ou, às vezes algumas horas, a tristeza, a dor e a infelicidade tomam conta da vida do ser humano.
A verdadeira felicidade vem de uma vida bem ordenada, de uma vida de cooperação com Deus. Vem como resultado da ligação com o Criador do Universo. A felicidade vem de uma vida em paz com Deus (Romanos 5:1).
Mas quem são os pobres felizes que Cristo falou? “Nos dias de Cristo os guias religiosos do povo julgavam-se ricos em tesouros espirituais. A oração do fariseu: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens (Lucas 18:11), exprimia os sentimentos de sua classe e, em grande parte, da nação inteira. Mas, na multidão que cercava Jesus, alguns havia que tinham a intuição de sua pobreza espiritual… assim na multidão reunida no monte havia pessoas que, na presença de Sua pureza, se sentiam desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas (Apocalipse 3:17); e estas almejavam a graça de Deus. Nessas pessoas, as palavras, as palavras de saudação de Cristo despertaram esperança” (Maior Discurso de Cristo, p. 7).
O que Jesus estava fazendo era mostrar o que realmente tem valor. O que o céu valoriza nem sempre é o que é valorizado pelo homem. Nos dias de Cristo um grande valor era dado as aparências e formalidades religiosas. Neste tempo a maioria das pessoas vivia uma religiosidade de aparência e com muita discriminação. No caso do fariseu mencionado por Cristo, este se orgulhava em poder dizer que não era como os demais. Ele era diferente, pois praticava mais atos religiosos.
Jesus está dizendo a estes supostos ricos de bênçãos espirituais que o céu não é para os que se orgulham de sua religiosidade ou boas obras, mas sim dos pobres de espírito.
“Jesus apresentara a taça de bênçãos aos que se julgavam ricos e de nada careciam, e eles, com escárnio, volveram costas à misericórdia. O orgulhoso não sente necessidade de Cristo, fechando o coração a Ele e as bênçãos que veio dar. Não há lugar para Jesus no coração dessa pessoa. Os que são ricos e honrados aos seus próprios olhos, não oram com fé, para receberem as bênçãos de Deus. Presumem estar cheios, por isso se retiram vazios” (Maior Discurso de Cristo, p. 7).
Esse era um grupo considerável de pessoas que ouvia os discursos de Jesus. Tinham orgulho da própria religiosidade. Não encontravam espaço para o Salvador em seus corações.
Hoje em dia é comum vermos as pessoas dizendo que os outros precisam mudar, que os outros precisam se converter, que os outros precisam ler mais a Bíblia e orar. É comum ver pessoas dizendo tudo o que o marido, filho, parente deve fazer para ser uma pessoa correta, mas elas mesmas nunca estão incluídas em nenhum grupo que precise de alguma mudança.
Jesus estava falando para os pobres de espírito, ou seja, Ele falava para os que não se orgulhavam de sua religiosidade. Ele estava falando que o céu é para aquele que sempre acha que precisa melhorar, mudar e se aproximar mais de Jesus. Ele falava para aquelas pessoas que sabem que não podem salvar a si mesmas, nem por si próprias praticar qualquer ato de justiça. São os que apreciam o auxilio que Cristo pode conceder.
São estes os pobres que Cristo declara que são felizes e que o reino dos céus lhes pertence.A profecia apresenta os candidatos ao reino dos céus. A primeira característica é ser pobre de espírito.
Esta profecia foi cumprida já nos dias de Cristo e continua sendo cumprida em nossos dias. Jesus um dia contou que dois homens foram ao templo para orar. O fariseu se orgulhava de ser um religioso de primeira linha e não igual aos demais homens; já o publicano ao orar ergueu os olhos para o céu e disse: Ó Deus, tem misericórdia de mim pecador (Lucas18:11-13). Jesus afirmou, então, que o último saiu do templo perdoado, já o primeiro, não.
O reino dos céus, amigo ouvinte, não é para as pessoas que apenas se contentam em carregar uma cruz no pescoço. O reino dos céus é para aqueles que, com humildade, abrem o coração a Jesus e confessam que são pecadores e necessitam da ajuda divina para viverem os ensinamentos que Ele deixou.
Vejo muita gente dizendo que é cristã e que ama muito a Jesus, mas nunca tira tempo para conhecer os ensinos dEle que estão na Bíblia. Não há reino dos céus para os que estão construindo uma religião do seu jeito particular. Não há reino do céus para quem quer uma vida religiosa que combine com os seus gostos pessoais.
Por isso, creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.