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TEMPO DE REFLETIR 1008 – 4 de outubro de 2016
“Jesus fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta” (Marcos 10:21).
Essa é a narrativa do jovem que vai a Jesus e diz: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Mc 10:17). “Por que me chamas bom?” (v.18). Essa é a resposta de Cristo, buscando desarmá-lo e força-lo a pensar. “Em que sentido Eu lhe pareço bom?” Então ele leva o rapaz a extrair uma resposta dos próprios recursos. O jovem conhecia os mandamentos e os guardava desde a infância, mas isso não lhe dera nenhuma segurança espiritual, o que sugere um problema em sua religião.
Não há qualquer razão para pensar que ele fosse um hipócrita ou arrogante. Jesus aceita sua sinceridade e nada diz em contrário à sua afirmação. O moço tinha buscado viver pelas regras, contudo sentia-se vazio e, mais que isso, fora do círculo da vida eterna, alienado de Deus. Ser bom guardador da lei não fora suficiente. Ele sentia que havia algo mais a ser experimentado, mas não sabia precisamente o que era. Para muitos, a vida cristã é uma questão de alvos e a realização deles. Algo que deve ser vivido de acordo com algumas metas. Esse jovem havia alcançado seus alvos. “Que farei?” Ele pensa que conhece o método. Para ele, a salvação é uma questão de “fazer”. Aí reside o problema.
O texto de hoje diz que Jesus olhou para o jovem e “o amou”. Seu coração se enterneceu. Esse moço não era uma fraude. Era sincero, e Jesus buscou libertá-lo das algemas, dizendo: “Só uma coisa te falta”. Então, segue uma sequência de cinco imperativos: “Vai, vende […], dá […]; vem e segue-Me” (v.21). O terceiro e quarto imperativos são separados por uma promessa: “E terás um tesouro no Céu”. Jesus intencionou que esse fosse o momento da grande libertação. “Vem e segue-Me”: aí está a ênfase e a resposta de sua busca. Jesus buscou satisfazer a necessidade mais profunda, libertá-lo da vida mesquinha e das garras do poder que o fazia viver numa concha. Havia, no centro da existência, um ídolo que necessitava ser desalojado. “Ele, contrariado com essa palavra, retirou-se triste” (v. 22).
O que ele queria? Um “remédio doce”? E você, querido ouvinte, o que lhe parece difícil deixar para ser um verdadeiro discípulo de Cristo? Provavelmente, aí está o seu ídolo. O chamado para romper com nossas idolatrias deve ser visto como um ato libertador. Lembre-se: por Jesus, realmente não deixamos nada que, afinal, não seja para nosso bem aparente.
-> Música: Vocal & Cia, “Pai, eu me entrego a Ti”
-> Locução: Amilton Menezes
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