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A partir deste programa vamos conhecer as profecias feitas por um profeta que não é muito conhecido, o que não significa que não seja importante o que ele escreveu. Estou falando de Oséias. Filho de Beeri, que viveu nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá e de Jeroboão, rei de Israel (Oséias 1:1).
Oséias foi profeta no reino do Norte, Israel, cuja capital era Samaria. Podemos deduzir, que se ele viveu nos dias dos reis já mencionados, “deve ter começado o ministério muito antes do ano de 753 AC. Exerceu o dom profético aproximadamente até o ano 729 AC (S.D.A.B.C. vol.4 pg.909).
Alguns comentaristas crêem que o livro de Oséias foi escrito antes da ruína final do reino do norte. Era grande a crise moral, política e espiritual. A anarquia política e falta de governo era sentida por todos. A idolatria era prática comum. Adoravam, principalmente, um bezerro construído por Jeroboão (I Reis 12). Este culto estimulou o povo a adorar a Baal e Astarote.
“Prevalecia a falta de honradez, a desconfiança mútua e a falsidade diante de Deus e dos homens. Nos prósperos dias de Jeroboão II se derramava sangue em abundância e se estimulava o luxo em todas as suas formas. Por regra se pervertia a justiça e se oprimia os pobres. O adultério era uma prática religiosa. Os sacerdotes estavam entregues totalmente a idolatria, e se uniam com o povo em sua pecaminosidade, e aumentavam a corrupção que imperava no País” (S.D.A.B.C. vol.4, p.910).
Oséias foi chamado por Deus para que fizesse oposição clara a essa inundação de maldade que imperava no reino do norte. Ele deveria como que fazer um muro de repreensão, condenação e súplica ao povo. Cabia a Oséias apelar aos iraelitas para que não desprezassem o amor de Deus. Todas as repreensões do Senhor através do profeta deveriam ser vistas sob a ótica do amor. Deus estava repreendendo, mas com o maior amor, e com o grande objetivo de livrá-los da condenação do cativeiro Assírio.
A primeira profecia feita por Oseías, aproximadamente no ano 785 AC, foi a seguinte: “Então disse o Senhor: Põe-lhe o nome de Lo-Ami, porque vós não sois meu povo, nem eu serei o vosso Deus”(Oséias 1:9). Para entendê-la precisamos conhecer um pouco mais da vida pessoal do profeta.
Apesar do caos espiritual e rejeição de Israel, Deus queria salvar o povo. E Oséias é convocado por Deus para uma situação bastante estranha. Pediu que ele se casasse com uma prostituta e tivesse filhos com ela (Oséias 1:2). Essa prostituta representaria a nação de Israel.
E Oséias cumpriu a ordem do Senhor e se casou com Gômer (Oséias1:3) e teve três filhos. O primeiro foi um menino e recebeu o nome de Jezreel, que significa, “campo de batalha, dificuldade”. O segundo foi uma menina, e recebeu o nome de Lo-Ruama, que significa “não ter compaixão” (Oséias1:6). O terceiro foi um menino que recebeu o nome de Lo-Ami, que quer dizer que “Israel, não mais fazia parte do povo de Deus”.
Cada filho que o profeta tinha com a prostituta Gômer mostrava a desaprovação de Deus com o povo de Israel. Cada filho era uma profecia que Deus estava fazendo com relação a Israel. Com o passar do tempo, o casamento, que tinha tudo para dar errado, acabou em sério problema. Gômer não era uma mulher confiável (Oséias 2:5). Foi desleal e abandonou o marido. É descrito que Oséias ficou muito abalado, muito triste com o comportamento da mulher. Ao abandonar Oséias ela procurou os antigos amantes e também foi rejeitada por eles (Oséias 2:7).
“Isso [mostrava] a íntima relação que existiu entre Jeová e Israel. Os laços existentes entre ambos eram bem chegados, mais do que os laços de um matrimônio. A amarga experiência que queimava profundamente a alma de Oséias, deu-lhe um senso de infidelidade de Israel para com Deus. O esposo humano é um exemplo do esposo divino. O que Gômer foi para Oséias, Israel foi para com Deus. Ambos entraram num santo concerto, e dessa união feliz, nasceu a alegria e a paz. Mas os erros de Gômer tornaram Oséias aflito e triste, e o mesmo Israel fez para com Deus. Gômer, como uma esposa infiel, era o retrato típico da nação errante e sem fé que escolheu alguém diferente, em lugar de Deus que tinha sido protetor e provisor. O que Oséias sentiu ao ser deixado, abandonado, Deus deve ter sentido em maior profundidade” (Estudo sobre os Profetas Menores pg.122).
Antes de encerrar, uma pequena consideração sobre o último filho desse estranho casal. O nome que Deus deu a este menino (Lo-Ami), significa “não mais meu povo”. Muitas pessoas defendem que no momento que o profeta colocou este nome no seu filho, ele reconheceu que Gômer era adúltera. O profeta estava atestando que o filho não era da família dele. O nome dado ao menino era um símbolo das relações de Israel para com Deus” (Estudo sobre os Profetas Menores pg.132). Toda vez que o menino era chamado, quer em casa, na rua, na escola, na sinagoga, alguém lembrava o seu significado. Desta maneira, o Senhor indicava a sua rejeição a Israel por causa dos pecados cometidos.
Que você e eu aprendemos a importância de colocar a Deus em primeiro lugar em nossa vida, a vivermos a religião não apenas na teoria, dentro da igreja, mas em todos os lugares. E que jamais aconteça de Deus um dia chegar a dizer: “Não te conheço, você não é do Meu povo.”
Creia em Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle você prosperará.