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TEMPO DE REFLETIR 2516 – 20 de novembro de 2020
Atos 15:37 e 38 Barnabé queria levar João, também chamado Marcos. Mas Paulo não achava prudente levá-lo, pois ele, abandonando-os na Panfília, não permanecera com eles no trabalho.
O episódio começa com uma resolução na mente de Paulo: “Vamos voltar e visitar as igrejas onde pregamos, para ver como estão.” Teve início uma discussão que não se tratava de um estudo de doutrinas, nem de um debate de opiniões. O motivo da contenda era Marcos, sobrinho de Barnabé, que numa viagem anterior abandonara Paulo no meio do itinerário.
Paulo argumentou: “Nossa missão é muito importante. Há questões vitais em jogo.” Como aparecem palavras bonitas para justificar o que se quer fazer. “Não há lugar para jovens que só querem turismo. Marcos é um desertor. Está desqualificado.” As palavras foram se tornando mais cortantes e ferinas, e Paulo concluiu: “Marcos não irá comigo!”
Ambos estavam convictos de que estavam discutindo pelo que era certo. O conflito foi inevitável.
Quem era Barnabé? Seu nome significa “encorajador” (At 4:36). Era um homem voltado para as pessoas, interessava-se por elas. Confiava nelas e percebia seu potencial. Tinha uma habilidade incomum de incentivar, de fazer os outros crescerem. Sabia dizer-lhes quando estavam indo bem e quando precisavam de um esforço maior. Não apenas era um bom líder, com nível elevado de inteligência emocional, mas um bom amigo. Era do time daqueles que creem ser sábio dar uma segunda chance a todos. Foi ele quem promoveu a aceitação de Saulo de Tarso na comunidade cristã.
Paulo, por sua vez, era pragmático, orientado ao trabalho. Era aquele que queria ver a tarefa cumprida. Estabelecia metas, lutava pela eficiência; não se preocupava com aquilo que fosse arriscado. Para ele, o fator humano vinha em segundo lugar e as pessoas gostarem ou não, era secundário. “Se é para atrapalhar, não joga no meu time. Quero resultados, não intenções.”
As pessoas devem estar no topo de nossas prioridades. Devemos servir-lhes de trampolim.
Quantos Marcos teremos em nossas mãos. Pessoas instáveis, imaturas, a quem lhes falta um empurrão para entrar no ritmo de uma vida útil.
Dizer “sim” para a graça de Deus significa conceder a outros uma segunda oportunidade. Deus mesmo é o campeão da segunda, terceira e da décima chance. Ele deu nova oportunidade para Davi, Pedro, Maria Madalena, e até para Paulo.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Obrigado, Pai, pela segunda chance, pela terceira, pela quarta, pela vigésima, pela milésima. Te louvamos pelo Teu perdão e por Tua confiança. Em nome de Jesus, amém!
-> Narração: Amilton Menezes
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