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TEMPO DE REFLETIR 275 – 2 de outubro de 2014
“Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Rm 4:2 e 3).
Muitas pessoas se inquietam com relação aos ensinos de Mateus acerca da justiça. Como resultado, a fim de escapar da “justiça pelas obras” de Mateus, eles sugerem que aqui Jesus não está falando acerca da “nossa” justiça, mas da justiça de Jesus que nos é imputada.
Muito cuidado aí. Permita que o Jesus de Mateus fale por Si mesmo. Ele não está falando da justiça de Cristo. Está enfatizando a “vossa justiça”. F. D. Bruner está correto quando diz que, conquanto seja louvável a intenção dos que querem ver a justiça de Cristo em vez da nossa sendo abordada em Mateus 5:20, sua exposição está em falta com a exegese. Ela não se enquadra no contexto.
Deixe Mateus falar por si mesmo, adverte Bruner. Não tenha pressa de considera-lo como se fosse Paulo.
Como pode ver, Mateus tem sua própria maneira de ensinar o evangelho. É muito diferente da maneira de Paulo, mas não menos bíblica.
A opinião de Mateus a respeito da justiça, conforme é expressa nos versos 17 a 48 do capítulo 5 e nas Bem-aventuranças, oportunamente nos levará ao Pai em busca de perdão (ver Mateus 6:12) e graça (ver Mateus 19:16 a 20:16). Mateus não está em falta no Evangelho da graça espontânea, mas em Mateus 5:20 ele apresenta a necessidade da “nossa” justiça. Está falando do nosso relacionamento para com a lei de Deus, nossa observância da mesma em espírito e verdade.
Mateus e Paulo têm um só evangelho, não dois. Mas como Bruner menciona: “Paulo, de maneira mais abrangente do que Mateus, nos mostra a fonte da justiça divina. Por outro lado Mateus, de maneira mais clara do que Paulo, nos mostra o alvo da justiça cristã”.
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-> Autoria: George R. Knight
-> Música: Tom de Vida, “Guia”
-> Narração: Amilton Menezes