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TEMPO DE REFLETIR 1934 – 18 de abril de 2019
João 19:6: “Então, Pilatos, O entregou para ser crucificado”.
A justiça divina foi satisfeita na pessoa de nosso substituto. Tal princípio provê a chave que abre a compreensão para o mistério que cerca aquelas passagens relacionados à morte de Cristo. De fato, Sua paixão seria inexplicável sem essa chave explanatória. Sem esse princípio interpretativo, a morte de Jesus não seria apenas um absurdo, mas uma monstruosa injustiça.
Por que seria torturado e condenado o inocente Filho de Deus? No Jardim do Getsêmani, Ele diz aos guardas: “Deixai ir estes” (Jo 18:8). Com isso, Jesus indica que é Ele que deve ser preso. Por quê? Da mesma forma, no julgamento perante o Sinédrio, quando a sentença condenatória é passada, acusado de blasfêmia, Ele guarda silêncio (Mt 26:63). Jesus não argumenta, nunca tenta Se defender. Veja-O perante Pilatos: Ele não responde às acusações. Cinco vezes, contudo, Pilatos, confuso, pronuncia que Jesus é “inocente”, “justo” ou “sem culpa”. Mas, ainda assim, Ele é condenado à morte. Como compreender tal contradição? Nenhum tribunal com um mínimo senso de justiça validaria tal sentença.
Há apenas uma explicação: Jesus é ao mesmo tempo justo e culpado. Como Deus encarnado, Ele é absolutamente inocente das acusações que Lhe são atribuídas. Ao mesmo tempo, como substituto dos pecadores, Ele é aos olhos de Deus culpado de todas essas acusações. Em Si mesmo, Ele é inocente, mas culpado como nosso substituto. Jesus assume nosso lugar de modo consciente. Assim, nós estávamos lá em Suas cadeias. Perante o trono da justiça divina, nós merecíamos tal condenação. Nós, eu e você, éramos os verdadeiros culpados dos crimes atribuídos a Ele: rebelião, insurreição, blasfêmia, sedição. Mas, como nosso substituto, Ele diz: “Deixai ir estes”. Ele não diz: “Deixai-Me ir”. Você entende? Como nosso representante, tudo o que Lhe é atribuído é verdade. Então a sentença de morte contra Ele, afinal, não é injustiça, porque aquela era nossa sentença.
Olhando para a cruz, ao vê-Lo despido, em vergonha e humilhado, podemos perguntar: “Quem é esse?” Você pode ser tentado a responder: “Esse é o Filho de Deus”. Errado. Esse é você e também sou eu na pessoa de nosso representante. Como nosso substituto, a Ele é imputada a culpa de todos os crimes, traições, de todos os desvios que você possa imaginar – de todos, em todos os tempos.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Obrigado, Pai, porque Jesus foi o meu substituto. Ele pagou a minha dívida, os meus pecados – cada um deles. Obrigado pelo perdão, pelo resgate. Obrigado, Senhor, pela vida eterna. Em nome de Jesus, amém!
-> Narração: Amilton Menezes
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