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TEMPO DE REFLETIR 351 – 17 de dezembro de 2014
“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21).
Ninguém sabe com certeza o que Paulo tinha em mente quando disse que “morrer é lucro”. Por que morrer seria lucro para ele? Talvez, depois do desgaste interior ao mediar as várias facções de uma igreja dividida, ele sentisse que dormir em Jesus seria preferível a esse conflito. Após sua libertação do cativeiro, Paulo se sentiu na obrigação de retornar a Filipos: “A sim de que, pela minha presença, outra vez a exultação de vocês em Cristo Jesus transborde por minha causa” (Fp 1:26, NVI). A satisfação seria grande para Paulo, mas também seria doloroso o trauma de conduzir de volta à unidade em Cristo em uma igreja dividida por disputas.
A vida do apóstolo não foi nenhum piquenique. As suspeitas de alguns líderes da igreja o preocupavam constantemente. Os judaizantes lhe seguiam os passos. Ele sofria de algo que pode ser sido uma dolorosa enfermidade nos olhos, possivelmente causada pela ofuscante luz que o cegou na estrada de Damasco. E estava na prisão por nenhum motivo justo. Poderia ser que a ideia de alívio de tudo isso tivesse surgido na mente de Paulo quando ele escreveu que “morrer é lucro”? Provavelmente não. Os interesses de Paulo se erguiam muito acima de qualquer tortura física, mental e emocional. Seu desejo dominante era “partir e estar com Cristo” (v. 23). A motivação de Paulo não era algo do qual pudesse livrar-se, mas algo ao qual pudesse entregar-se – a própria presença de Jesus.
Se para nós “o viver é Cristo”, então, “o morrer é lucro”. Por quê? Porque depois daquilo que parecerá apenas um instante, a próxima coisa que ouviremos será a voz triunfante de Jesus a nos despertar. A morte é como um sono profundo, sem qualquer consciência da passagem do tempo, até que a terna voz de Jesus nos desperte. H.M.S. Richards comparava a morte a passar por uma porta e entrar num amanhã resplandecente, ao qual Jesus nos dará as boas-vindas. Quando Jesus vier, o primeiro rosto que veremos será o Seu.
Pense em ser recebido por Jesus num mundo novo e para uma vida completamente nova. Não podemos sequer começar a imaginar o que significa essa boa notícia. Pois “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que O amam” (I Co 2:9, NVI).
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-> Texto: Daniel R. Guild
-> Música: Adilson Luz, “Meu primeiro dia no céu”
-> Narração: Amilton Menezes