Podcast: Play in new window | Download (Duration: 10:00 — 13.7MB) | Embed
Subscribe: RSS
Podcast (qualidade-32kbps): Play in new window | Download (Duration: 10:01 — 2.3MB) | Embed
Subscribe: RSS
A profecia que vamos estudar agora é uma complementação da anterior. Está em Ageu 2:9: “A glória dessa última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos Exércitos. E neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos”.
No último programa estudamos sobre a riqueza e o luxo do templo de Salomão. Muito ouro e prata foram utilizados nos móveis e acabamentos do santuário. Sem dúvida, esse templo imponente foi cercado de objetos de valor. Grande parte das superfícies das paredes, no lugar santo e santo dos santos, continha figuras esculpidas representando padrões de flores e querubins (I Reis 6:8).
As portas que davam acesso a esses aposentos também tinham figuras esculpidas de palmeira e querubins, em ambas as superfícies. As figuras assim esculpidas eram recobertas de ouro. Toda a superfície restante de madeira era recoberta de ouro, apresentando uma visão resplandecente para quem ali chegasse. A combinação de folhas de palmeiras que simbolizavam a vitória, e de querubins, que simbolizavam a santidade de Deus, declaravam que o triunfo espiritual dos homens só ocorre através do Deus santo.
A Bíblia conta que o templo estava guarnecido de pedras preciosas, circundado por espaçosos átrios com belíssimas vias de acesso, revestidos de cedro lavrado e ouro polido. A estrutura, com suas cortinas bordadas e rico mobiliário, eram um apropriado emblema da igreja de Deus na Terra.
Porém, a profecia de Ageu anuncia que a glória desta última casa que estava sendo construída, com o retorno dos judeus do exílio, seria muito maior do que a primeira. Será que Ageu está falando do aspecto físico? Não. O templo de Zorobabel, que mais tarde foi reformado e ampliado por Herodes, nunca chegou perto em beleza e imponência do primeiro.
Ageu está profetizando que a verdadeira glória, o verdadeiro brilho, a preciosidade de maior valor no devido tempo estaria dentro deste segundo templo. E sabe como isso aconteceu? Foi por causa da presença de Cristo que a glória do segundo templo a tornou maior. Esse lugar foi honrado com a presença viva dAquele que faz parte da divindade. (Colosensses 2:9).
O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a presença dAquele em quem habita corporalmente a plenitude da divindade. Foi o Próprio, manifesto em carne. O Desejado de todas as nações havia chegado ao seu tempo, quando o homem de Nazaré ensinava e curava nos pátios sagrados.
A profecia afirmava que a glória do primeiro seria ofuscada com a do segundo. Mas é afirmado que além do segundo ter uma glória muito maior, neste mesmo lugar a paz seria dada. E o que os judeus mais queriam era a paz. Tinham acabado de chegar do cativeiro. Estavam agora tentando refazer a sua vida e reconstruir a cidade. E o profeta aponta para eles qual era o caminho da paz. O caminho da paz era a vinda de Cristo, o Príncipe da Paz.
Quando um coro de anjos anunciou aos pastores de Belém, que o Filho de Deus havia nascido, foram ditas estas palavras: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens que Ele quer bem” (Lucas 2:14). Esse, e somente esse, era o caminho da paz. Só Jesus é a paz.
Houve um momento na vida de Cristo que cumpriu esta profecia plenamente. Foi quando da purificação do templo. O evangelho de Lucas, capítulo 19, versículos 45 a 48, conta o que aconteceu. Estava próxima a páscoa e Jesus subiu para Jerusalém. Nessa jornada, uniu-se Jesus a um grande grupo que ia em direção à capital. Ainda não havia anunciado a Sua missão. Misturava-se tranquilamente entre o povo. Durante a semana da páscoa se reuniam em grande número, vindos de todas as partes da Palestina e mesmo de terras distantes. Muitos não podiam levar consigo os sacrifícios que deviam ser oferecidos. Para comodidade deles, compravam-se e vendiam-se animais no pátio exterior do templo.
Porém, as pessoas eram simplesmente extorquidas pelos cambistas. Animais eram vendidos por um preço exagerado. Pessoas simples eram exploradas por esses espertalhões. Os mercadores exigiam preços exorbitantes pelos animais vendidos e dividiam o lucro com os sacerdotes que enriqueciam, assim, à custa do povo.
A conseqüente confusão dava a idéia de uma ruidosa feira de gado e não do sagrado templo de Deus. Ali podiam-se ouvir ásperos ajustes de compras, o mugir do gado, o balir de ovelhas, o arrulho de pombos, mistura do tinir de moedas com violentas discussões. Os pobres, os sofredores, também queriam ir ao templo e oferecer os seus sacrifícios. Ficavam, porém, desanimados com o preço dos animais do holocausto e com o que os sacerdotes faziam.
Lucas conta que, quando Jesus viu tudo isso acontecendo no lugar sagrado, Ele derrubou as mesas, soltou os animais e expulsou aqueles que faziam esse tipo de trabalho no pátio do templo.
Sim, foi nesse templo que Jesus ensinou os grandes conceitos do reino dEle. Nesse templo Jesus revelou como devem ser os momentos de adoração a Deus. Nesse templo, Jesus demonstrou as mais preciosas lições do cristianismo. Nesse templo Jesus exemplificou como viver uma vida de paz.
A profecia de Ageu foi cumprida plenamente nos dias de Cristo pois o templo que foi questionado por ocasião de sua construção, agora recebia o próprio Filho de Deus para orientar sobre a forma correta de adorar. Que privilégio tiveram os judeus na época de Cristo! Lamentável, porém, que não souberam aproveitar.
Quero terminar deixando uma pergunta para você: a sua forma de adoração passaria pelo teste da presença de Jesus?
Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.