Podcast: Play in new window | Download (Duration: 7:43 — 10.6MB) | Embed
Subscribe: RSS
TEMPO DE REFLETIR 346 – 12 de dezembro de 2014
“Eu, Eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro” (Isaías 43:25).
O tempo é um grande remédio. Enquanto ele passa, as coisas de menor importância tendem a tornar-se insignificantes e a desaparecer. As coisas difíceis de esquecer são geralmente aquelas que nos machucaram o ego ou a consciência. Todos nós conhecemos pessoas que nunca perdoam e nunca esquecem. Também conhecemos pessoas que perdoam (ou pelo menos dizem que perdoam), mas nunca esquecem. Com Deus é diferente. Quando nossos pecados são confessados, perdoados e abandonados, Ele nos trata como se nunca tivéssemos pecado. A única maneira de fazê-los reviver é procura-los novamente (ver Ezequiel 33:8-16).
Por que iria alguém procurar e trazer seus pecados de volta, quando Deus os colocou fora de Sua memória tão completamente a ponto de tratar-nos como se nunca tivéssemos pecado, é um mistério. Talvez nunca cheguemos a entender como Deus faz a parte dEle, mas pela fé podemos aceitar o fato de Ele tem o poder para fazê-lo.
Clara Barton, fundadora da Cruz Vermelha Americana, conversava certo dia com uma amiga, quando esta lhe perguntou se ela se lembrava de um ato especialmente cruel de alguém contra ela, infligido anos atrás. Clara disse que não se lembrava do incidente.
– Mas é lógico que você não pode ter esquecido – insistiu a amiga.
– Não – respondeu Clara, – Eu não me recordo mesmo, mas eu me lembro distintamente de tê-lo esquecido.
Uma leve repreensão? Provavelmente. Afinal de contas, como pode alguém esquecer-se de algo do qual se lembra perfeitamente de ter esquecido? Paradoxal, não é mesmo? Parece uma contradição de palavras, mas na verdade não é. Algumas coisas podem ser tão dolorosas, por exemplo, que a pessoa não consegue mais lembrar-se delas.
Normalmente, uma pessoa considera muito difícil esse processo. Mas no domínio espiritual, podemos consegui-lo quando nos tornamos participantes da natureza divina. Se o consentirmos, Deus, que é um perfeito “esquecedor”, partilhará conosco essa capacidade especial, de modo que nós também não nos lembremos mais de nossos pecados. A razão, naturalmente, é que Jesus tomou sobre Si esses pecados, e eles não são mais nossos.
****************************************************************************************************************************************
-> Texto: Donald Ernest Mansell
-> Música: Felipe Valente, “Metade”
-> Narração: Amilton Menezes