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TEMPO DE REFLETIR 1935 – 19 de abril de 2019
Mateus 27:16: “Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás”.
Os quatro evangelhos fazem referência a Barrabás, uma figura misteriosa que surge em conexão com o julgamento de Cristo. A tradição a seu respeito é reticente. Prisioneiro, ele aguardava a execução. Desejando libertar Jesus, talvez influenciado pela mensagem de sua esposa, Pilatos sugere uma escolha entre os dois: Jesus ou Barrabás? Ele é colhido por uma estarrecedora surpresa: “Solte-nos Barrabás”, grita a multidão.
Qual é a razão para uma escolha como essa? Os líderes religiosos daquele tempo sabiam que poderiam prender Barrabás novamente, quando necessário. Mas como poderiam silenciar alguém como Jesus Cristo? Como parar um Homem que, sem qualquer arma, representava um perigo revolucionário capaz de subverter o judaísmo e todo o Império Romano? O que fariam com Alguém cujas armas eram Suas novas ideias sobre Deus e as pessoas, capazes de explodir as velhas categorias religiosas? Barrabás poderia explorar seus conterrâneos, mas ele não ameaçava governar a vida de ninguém. Por outro lado, Jesus apresentou um reino que governa de dentro para fora. Sem imposição, conduz a uma realidade superior à vida e à morte.
Naquela tarde de Páscoa, três ladrões, talvez do mesmo grupo, deveriam ser crucificados: Dimas, Gestas e Barrabás. Barrabás é liberto no último instante, e Jesus é crucificado em seu lugar. Aqui nós temos a mais perfeita ilustração do princípio da substituição. A história de Barrabás é a história da salvação por meio da morte de Jesus Cristo. Seu nome, “Bar Abba”, significa “filho do pai”. Como ele, todos nós, filhos do pai Adão, somos culpados da rebelião e sedição contra Deus, ladrões de Sua glória, assassinos de nós próprios e de outros, prisioneiros do pecado. Barrabás, no corredor da morte, apenas aguardava a execução. Ele deve ter olhado para as palmas de suas mãos, imaginando como seria a dor dos cravos rasgando a carne, dilacerando a cartilagem e os ossos. Ouviu então o sinistro barulho da chave abrindo a pesada porta de ferro. Ouviu os passos dos guardas. “Chegou minha hora”, pensou. Sua cabeça estava pesada e confusa. Parecia até ouvir seu nome gritado por enorme multidão. Ainda não sabia exatamente o que estava acontecendo. Abismado, ouviu que estava livre: “Pode ir para casa”.
Isso é substituição. Jesus tomou nosso lugar. Ele foi feito pecado para que sejamos feitos justiça de Deus.
-> Narração: Amilton Menezes
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