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TEMPO DE REFLETIR 210 – 29 de julho de 2014
Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Provérbios 6:27
Em maio de 1915, no tempo da Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha intensificava o bloqueio da Inglaterra, o Lusitânia, o maior navio de passageiros da época, foi torpedeado e afundou ao Sul das costas da Irlanda. Quase mil e duzentos passageiros perderam a vida.
A tragédia ocorreu tão rapidamente que, relativamente poucos, puderam se salvar. Um submarino disparou um torpedo que atingiu o navio no estibordo. A primeira explosão foi seguida de outra dentro do navio. Dentro de dezoito minutos o navio tinha submergido.
Por muitos anos, um mistério pairava sobre o afundamento do Lusitânia. Qual foi a causa da segunda explosão? Havia algum carregamento secreto a bordo? Foi o que se confirmou posteriormente. O manifesto do navio, apresentado quando foi feito o primeiro inquérito judicial, dizia apenas que havia banha e “diversos” a bordo. Só anos mais tarde, quando uma cópia do manifesto original foi descoberta, é que se soube o que realmente havia no navio.
A carga secreta consistia de sessenta toneladas de munição. Não foi o torpedo que afundou o Lusitânia. Este, apenas detonou os explosivos, causando a segunda explosão.
O Lusitânia levava explosivos a bordo. Estamos nós levando fogo em nosso seio, algum pecado secreto? É impossível leva-lo por muito tempo sem que nossas “vestes se incendeiem?” Aquilo que ao observador superficial parece uma queda inesperada de um “bom” membro da igreja, foi o resultado de algum pecado secreto acariciado ao longo de meses ou anos.
Tal foi o caso de Judas Iscariotes. Tratava-se de um discípulo admirado por sua acuidade financeira. A presença de uma tal pessoa no círculo dos apóstolos, era considerada uma aquisição preciosa. Faria, na opinião de alguns, um excelente ministro das finanças no futuro reino que, em sua opinião, Cristo ia estabelecer.
Mas seu brilho exterior ocultava pecados que estavam minando sua vida espiritual. Quando Maria ungiu os pés de Jesus com um bálsamo precioso, Judas foi o primeiro a protestar: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” O evangelista acrescenta, porém: “Isto, disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão…” S. João 12: 5 e 6.
Judas levava um explosivo em seu seio, e não tardou que este explodisse na traição mais horrenda da História. Foi horrenda, mas não foi um deslize de última hora.
Estamos levando “fogo” em nosso seio? Que Deus, pela Sua graça, nos ajude a apagar este “fogo” a tempo.
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-> Autor: Siegrifried J. Schwantes
-> Música: Henrique Ribeiro, “Quero viver com o meu Rei”
-> Narração: Amilton Menezes