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Hoje não vamos estudar uma profecia. Nosso programa vai enfocar uma das mais bonitas orações da Bíblia. Está no capítulo 3 de Habacuque. Ela expressa a Deus todo o sentimento de gratidão e confiança. Foi feita para demonstrar a fé do profeta no Deus do Universo.
Vamos analisar algumas partes desta oração. No capitulo três o verso dois ele diz: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi. Aviva ó Senhor a Tua obra no meio dos anos, e no meio dos anos faze-a conhecida; na ira lembra-te da misericórdia”.
O profeta está dizendo para Deus que ele tinha ouvido e entendido o que havia sido revelado, mas estava com medo do que em breve iria acontecer com o povo de Judá. Ele começa a oração expressando temor pelos juízos divinos que estão prestes a cair e pede a Deus que se lembre da misericórdia nesse dia. Reconhece a sabedoria com que Deus trata os homens, sabedoria que antes ele havia questionado. Habacuque reconhece que Deus castigará não só o povo de Judá mas também os inimigos dos judeus. Nos versos seguintes faz referências a forma como Deus castigará o povo dEle.
Porém, gostaria de concentrar estas considerações na parte final da oração. Não tenho a menor dúvida de que estes são os versos mais lindos que há na Bíblia sobre a confiança em Deus: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento, ainda que as ovelhas sejam exterminadas, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus de minha salvação”. (Habacuque 3:17-18).
O que o profeta fez ao escrever tais palavras foi, em certo sentido, uma profecia sobre si mesmo. A crise ainda não havia chegado, porém, ele queria que todos soubessem que quando ela chegasse, já tinha escrito ou profetizado sobre qual seria o procedimento dele, como profeta e como habitante de Jerusalém.
Agora vamos voltar um pouco no tempo e na história de Habacuque para relembrarmos alguns pontos:
Primeiro. O profeta reclamou do silêncio de Deus diante da apostasia de Judá (1:1).
Segundo. Deus responde ao profeta que traria os caldeus para que estes corrigissem o povo escolhido (1:6).
Terceiro. No tempo certo Deus vai acertar as contas com nações que juntarem riquezas de forma errada, fraudulenta (2:8).
Quarto. Habacuque se rende a Deus e diz que “o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra (2:20). Neste ponto o profeta não quer mais perguntar nada a Deus. Ele está satisfeito com o Deus que adora e com a forma como o assunto vai ser cuidado.
Depois destes fatos Habacuque faz a sua oração que também pode ser aceito como sendo uma profecia sobre o comportamento dele diante da invasão dos babilônicos.
No verso dezessete é profetizado como ficaria Israel e a cidade de Jerusalém após a invasão babilônica, ou seja, uma catástrofe. A Palestina naquela época era uma região essencialmente agrícola. E os caldeus não apenas mataram e fizeram escravos. Eles destruíram cidades e plantações.
Assim é possível entendermos o quadro pintado por Habacuque. A figueira não iria florescer, a videira não iria produzir frutos, a oliveira também não; nos campos as ovelhas e o gado desapareceriam. Sem isso a economia da Palestina não seria nada.
No último programa vimos que somente viveriam ou sobreviveriam os que tivessem um relacionamento constante a fiel com Deus. Os que tivessem fé. E a palavra fé quer dizer relacionamento de confiança e de fidelidade com alguém. Neste caso, manter um relacionamento com Deus.
Habacuque estava envolvido como pessoa nesta crise. Provavelmente viveu esse momento crucial.
Amigo ouvinte, você já perdeu alguma coisa? Você já perdeu algum bem material? Você já perdeu algum familiar?
E quando perdeu, qual foi a sua reação? Como você se comportou com relação a Deus diante da perda? A crise que você viveu o aproximou mais de Deus ou o distanciou?
O profeta Habacuque, depois de ter discutido com Deus e conhecido todo plano divino e, em visão saber como ficaria a sua terra após a invasão babilônica, diz: “…todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3:18).
Este é, amigo ouvinte, o modelo de reação que devemos ter para com Deus no momento da pior crise, da maior dor, da maior perda. Na vida espiritual o inimigo não nos dá trégua. Ele nos ataca constantemente. Ele nos fere, e nos machuca.
O profeta garante que ele, mesmo com a crise, iria continuar a confiar no seu Deus. E por que afirma isso? Eu creio que ele disse isto porque os poucos que ainda quisessem manter um relacionamento com Deus poderiam abandonar de vez a fé e a confiança no Criador.
O que Habacuque profetizou aconteceu 25 anos depois. “O inimigo varreu como uma avalanche irresistível e devastou a cidade. Os exércitos hebreus fugiram em confusão. A nação foi conquistada. Zedequias foi feito prisioneiro e os filhos dele foram mortos diante dos seus olhos. O rei foi levado de Jerusalém como um cativo, seus olhos foram vazados, e uma vez tendo chegado em Babilônia pereceu miseravelmente. O belo templo que por mais de quatro séculos coroara o cimo do Monte Sião, não foi poupado pelos Caldeus”. (Patriarcas e Profetas, páginas 458 e 459).
A cidade foi destruída, os campos foram arrasados, o belo templo não mais enfeitava o monte Sião, tudo estava em ruínas, menos uma coisa: a confiança de Habacuque no Deus de Israel.
Amigo ouvinte, quando tudo acabar, acabará também a sua fé? Ou você poderá dizer como disse Habacuque: “Eu me alegrarei no Senhor”?
Fique seguro. Confie no Senhor. Creia nos profetas dEle e você prosperará.