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TEMPO DE REFLETIR 258 – 15 de setembro de 2014
“Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mateus 24:13)
Infelizmente acho que a nossa geração chegou perigosamente perto da mentalidade “estou-ficando-cansado-e-vou-desistir”. E isto não apenas no campo espiritual. Fazer regime requer disciplina, então permanecemos gordos. Concluir os estudos é enfadonho, então abandonamos. Cultivar um relacionamento é doloroso, logo, damos marcha a ré. Conseguir escrever um livro é muito árduo, então deixamos de escrever. Resolver os conflitos de um casamento é uma luta exaustiva, então nos separamos. Manter-se no emprego não é fácil, então começamos a procurar outra coisa.
Ignace Jan Paderewski, famoso pianista-compositor, realizaria um grande concerto na América. Seria uma noite memorável – o público vestindo smoking e vestidos longos, um espetáculo da alta sociedade. Presente na plateia, estava uma mãe com o seu inquieto filho de nove anos. Cansado de esperar, ele se contorcia sem parar no se lugar. A mãe tinha esperança de que o filho fosse incentivado a tocar piano se pelo menos conseguisse ouvir o famoso Paderewski ao teclado. Então – contra a sua vontade – ele tinha vindo.
Quando ela se virou para conversar com alguns amigos o menino não pôde mais continuar sentado. Ele escorregou do lado dela, estranhamente atraído para o grande Steinway negro e seu banco forrado de couro, olhando com olhos arregalados as teclas brancas e negras. Ele começou a tocar “o bife”. Rapidamente houve um clamor da multidão e inúmeros olhares de reprovação voltaram-se para ele. Irritados, muitos começaram a gritar:
– Tirem aquele garoto dali!
– Quem traz um menino tão pequeno a um lugar assim?
– Onde está a sua mãe? Alguém faça-o parar!
Nos bastidores, o mestre ouviu os sons que viam do palco e rapidamente compreendeu o que estava acontecendo. Apressadamente, ele agarrou a sua casava e entrou correndo no palco. Sem nenhum anúncio, parou por trás do menino, colocou uma mão de cada lado e improvisou um contracanto para “o bife”. Enquanto ambos tocam juntos, Paderewski sussurrava ao ouvido do menino:
– Continue. Não pare, filho. Continue tocando… não pare… não desista.
Assim é conosco. Trabalhamos duro em nossos projetos, que parecem tão insignificantes quando “o bife” em uma sala de concertos. E quando estamos prontos para desistir, aparece o Mestre, que se inclina e sussurra: “Agora continue, não desista. Continue… não pare, não desista”. (Extraído da obra Growing Strong the Seasons of Life, de Charles Swindoll.)
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-> Autoria: Charles Swindoll
-> Música: Grupo Encontro, “Sei que não vou desistir”
-> Narração: Amilton Menezes