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TEMPO DE REFLETIR 1595 – 14 de maio de 2018
“Suas roupas se tornaram brancas, de um branco resplandecente, como nenhum lavandeiro no mundo seria capaz de branqueá-las” (Marcos 9:3).
Robert Louis Stevenson conta uma pequena história. Um navio estava em dificuldade, enfrentando séria tempestade. Os passageiros estavam assustados. Finalmente, um deles, desobedecendo às ordens de segurança, subiu até a cabine de comando para ver o capitão. Ele estava em seu posto de dever segurando o timão e, ao perceber que o homem estava amedrontado, deu-lhe um sorriso de saudação. Retornando para junto dos outros passageiros, o homem disse: “Vi o rosto do capitão e ele sorriu. Está tudo bem.”
“Vi o rosto do capitão e está tudo bem” pode ser a frase na qual se baseia a história da transfiguração. O propósito pelo qual Jesus estava Se retirando era para orar, apoiar-Se na onipotência do Pai e pedir que Lhe fosse dada uma manifestação da glória que Ele tivera com o Pai desde a eternidade.
Não nos esquecemos da manjedoura, do batismo de Jesus, da tentação, mas a transfiguração também se afigura um acontecimento importante na vida do Mestre. Ela está conectada com a morte e a ressurreição dEle, além de ser um prenúncio de Sua segunda vinda.
Junto com Jesus apareceram duas figuras do passado: Moisés e Elias. Os dois patriarcas conversaram com Ele. Moisés foi ressuscitado dentre os mortos e o outro, transladado ao Céu. O rosto de Jesus resplandeceu. Suas vestes se tornaram brancas. Não era alucinação o que os discípulos estavam presenciando; era Jesus mesmo, o Messias, o Filho de Deus. A voz falou: “Este é o Meu Filho amado em quem Me agrado. Ouçam-nO!” (Mt 17:5). Isso explicava tudo o que acontecia ali.
Muitas vezes desejamos experiências iguais à do alto do monte da transfiguração, como fins de semana com Deus, semanas de oração, vigílias, etc. Queremos manter aquele sentimento de entrega e proximidade com Deus, e de paz no coração. Esse sentimento é importante, mas temos que voltar para o dia a dia de trabalho e de estudo. Se ao menos pudéssemos ter conosco aquele sentimento de proximidade! E a reação dos discípulos? Queriam congelar o evento. Sentindo o ambiente, Pedro disse: “Vamos ver quem é o dono do terreno e comprar esta propriedade! Vamos montar três barracas e ficar por aqui mesmo.”
Mas Jesus disse: “Não! Precisamos descer a montanha e nos encontrar com as pessoas.” O discipulado envolve seguir em frente, se misturar, interagir.
Pedro, Tiago e João bem poderiam ter dito: “Nós vimos o rosto do capitão e Ele sorriu. Está tudo bem!”
-> Música: Vocal ABBO, “Rumo ao porto seguro”
-> Narração: Amilton Menezes
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