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Novamente quero estudar com você mais uma ordem de Jesus, em forma de profecia. Está no evangelho de João 21:6 – “Disse-lhes Ele: Lançai a rede à direita do barco e achareis”.
Antes de qualquer coisa, vamos voltar um pouco na história para entendermos o contexto no qual Jesus proferiu essas palavras.
Jesus já havia sido preso, crucificado e alguns dos discípulos afirmavam que Ele havia ressuscitado, pois já O haviam visto. Uns estavam alegres por isso. Outros, como Tomé, não tinham tanta certeza assim. Havia um certo conflito e questionamentos entre os discípulos.
O cenário dessa profecia foi o Mar de Tiberíades. “Este nome, para o mar da Galiléia, surgiu pelo fato de que Heródes Antipas, no ano 26 A.D., em honra a Tibério, fundou uma cidade junto ao mar da Galiléia. O Mar da Galiléia devia ser amplamente conhecido com o nome de Mar de Tiberíades nos dias em que o evangelho de João, foi escrito” (Comentário do Evangelho de João, Mário Veloso, pg.369).
Perceba que os grandes acontecimentos da morte e ressurreição de Jesus aconteceram em Jerusalém, no território da Judéia, bem ao sul. Já o mar da Galiléia ou Tiberíades, fica a uns 100 quilômetros dali. Provavelmente Jesus e os discípulos foram para lá após a festa da Páscoa ou dos pães sem fermento. Jesus já havia aparecido pelo menos duas vezes para amigos em Jerusalém.
Sete dos discípulos estavam juntos nesse dia, quando a profecia foi feita (João 21:2). A maioria dos sete trabalhara na pesca e, nos últimos anos dedicaram-se em seguir a Jesus.
“Vou pescar”, disse Pedro, e todos foram com ele (João 21:3). Pedro não estava indo pescar, dando a entender que estava abandonando a missão de ser um pregador do evangelho. É provável que ele tenha ido pescar para conseguir algum recurso financeiro.
Depois de uma noite no mar, sem nenhum peixe pescado, o fracasso estava estampado na face de cada pescador. Foi aí que Jesus apareceu na praia (João 21:4). O dia não estava totalmente claro e de onde os discípulos permaneciam com o barco não dava para distinguir quem estava na praia. Então Jesus perguntou a eles: “Filhos, tendes alguma coisa para comer”? (João 21:5). Os discípulos responderam que não.
A profecia é proferida, então: “Lançai a rede para a banda direita do barco, e achareis” (João 21:6). Eles seguiram à risca a recomendação e capturaram 153 peixes grandes.
Você já percebeu que a maioria das profecias que temos estudado aqui, neste horário, são condicionais. Sempre é necessária uma resposta positiva do ser humano à ordenança de Deus. No caso, se os discípulos não tivessem obedecido a ordem recebida, não teriam alcançado aquela grande pescaria.
Os discípulos estavam vivendo um dos momentos mais difíceis, até então. Na concepção de todos eles, haviam fracassado. Jesus havia morrido e a própria ressurreição ainda era questionada entre eles. Foi justamente aí que Deus atuou para ensinar àqueles homens que nada é impossível, que do aparente fracasso pode surgir uma impressionante vitória.
João percebeu logo que o homem da praia era Jesus. Só podia ser Jesus (João 21:8). Pedro, então, joga-se no mar e, com facilidade, chega até a praia para encontrar-se com o Salvador.
O que mais Jesus queria ensinar com este incidente? Este acontecimento reforçava o chamado inicial que Jesus havia feito ao grupo. Este ato serviu como uma renovação do compromisso que haviam assumido de serem pescadores de homens e que Deus iria cuidar deles e das respectivas famílias. Este milagre profético mostrava que, mesmo após a morte de Jesus, não havia diminuído em nada a obrigação que eles haviam recebido do Mestre para testemunhar até os confins da Terra.
Amigo, o tempo e as mudanças não diminuem o compromisso que você e eu assumimos com Jesus. Tudo pode passar, nunca os acordos com Deus. Numa sociedade em constante mudança, as verdades de Deus jamais acabarão ou diminuirão de importância.
Quantas lições desse relato! Reafirmação do compromisso, certeza da companhia e sustento de Deus à todas as necessidades que tivessem. Ainda temos que destacar a importância da obediência. Seguir as regras e recomendações de Deus. Ele sempre sabe o que é melhor. Não precisamos ficar preocupados ou questionar.
Amigo ouvinte, se à semelhança dos discípulos você está agora desanimado, sentindo-se um fracassado, derrotado, achando que não existe mais esperança ou solução, eu quero lhe convidar a refletir na experiência dos discípulos. Mais do que isso, a crer que o mesmo Jesus continua pronto e disposto para ajudar, como naquela situação desanimadora.
Tenha o coração aberto às recomendações divinas e permita que o milagre aconteça em sua vida.
Creia sempre no Senhor Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar.