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TEMPO DE REFLETIR 1455 – 25 de dezembro de 2017
“Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho” (Gálatas 4:4).
Era uma vez um estimado rei que prometeu visitar uma vila na periferia de seu reino. Os súditos passaram a esperar com intensa expectativa a chegada do grande monarca. Afinal, o evento seria o clímax na história da vila. Entretanto, o rei, que preferira não marcar uma data exata, começou a demorar. Depois de anos, muitos começaram a duvidar que veriam a face do rei, embora alguns acreditassem em sua promessa. “Que motivos teria o rei para demorar tanto?”, questionavam os mais céticos. “Motivos históricos e políticos”, respondiam os mais entusiasmados. “O rei não virá apenas para uma visita casual, mas para mudar a história da cidade”. No momento certo, ele apareceu.
De igual modo, parece que o rei Jesus está demorando demais para voltar. No entanto, podemos ter certeza de que, no momento certo, Ele chegará. As circunstâncias da primeira vinda comprovam que o relógio de Deus funciona. Jesus não veio em um momento casual. Ellen White comenta: “Como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem tardança” (O Desejado de Todas as Nações, p. 32). Deus, que controla o tempo e os acontecimentos, nunca perde a hora. A história da humanidade começou com uma catástrofe, teve uma intervenção decisiva no meio e terminará com a glória da restauração total. Tudo no tempo certo.
Os fatores políticos, culturais e religiosos que marcaram a plenitude do tempo na época servem de paralelos para as condições atuais. Entre outras coisas, havia uma espécie de globalização, processo iniciado quando Alexandre Magno colocou a civilização sob a bandeira e a influência cultural do helenismo. A população mundial era amplamente controlada por um só poder (Roma). As estradas iam da capital a todas as regiões do império (algumas eram de concreto) e o correio funcionava, facilitando as viagens e a divulgação do evangelho. As religiões de mistério e os deuses pagãos perdiam rapidamente a popularidade, por não protegerem seus adoradores. A filosofia grega evidenciava a insuficiência da razão para satisfazer a busca intelectual. O povo, cansado de fábulas e especulações, pedia luz e uma religião mais espiritual. Havia tempo a Bíblia hebraica estava traduzida para o grego, língua vastamente falada. Os judeus haviam difundido o monoteísmo e a esperança messiânica pelo mundo. Israel tivera a chance de se preparar para receber o Messias. Com o mal atingindo novo clímax, a humanidade tinha se degradado e precisava de renovação.
Ao aparecer no momento exato e ideal, Jesus revelou que é o Senhor do tempo e nos deu a garantia de que Ele nunca chega atrasado. Quando as condições do mundo estiverem na plenitude, o Rei aparecerá para mudar a história.
-> Música: Nadson Portugal, “O Filho do carpinteiro”
-> Locução: Amilton Menezes
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