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TEMPO DE REFLETIR 0216 – 15 de fevereiro de 2022
Mateus 10:34 – Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada.
Algumas coisas na vida não podem ser enfrentadas com neutralidade. A cruz de Cristo é uma delas. A vida e a morte de Jesus estabelecem uma distinta fronteira entre dois reinos, duas lealdades irreconciliáveis, dois estilos de vida em conflito. Um é construído sobre o princípio do obter, ganhar e guardar; o outro, sobre a motivação de ofertar, entregar e sacrificar. Qualquer pessoa fora do relacionamento com Ele e com os valores de Seu reino encontra nisso o maior dos absurdos.
Deploravelmente, a fronteira entre Cristo e o reino deste mundo tem sido obscurecida porque a própria pregação cristã muitas vezes esconde quem na verdade Ele é. Temos um Cristo mais ou menos como aquele das representações artísticas em que Ele é sempre um infante adormecido no colo da virgem ou o Cristo morto, inerte. Nos dois casos, Ele não tem realidade concreta. Ele entra na história e sai dela, mas não vive. Trata-se de um Cristo pálido, “moderado”, bem-comportado, inofensivo. Nesse caso, não estamos olhando para o Cristo das Escrituras, mas para um deus que é criação humana. Esse é um Cristo conveniente. O Jesus Cristo dos evangelhos entra em nossa história e prega uma mensagem de radical e absoluta descontinuidade com os valores da sociedade secular e o mundo religioso de Seus dias.
Foi Jesus um subversivo? De fato, Ele subverteu as convenções do mundo religioso de Seu tempo, mas não por meio da força. Sua mensagem, contudo, não tem limites de tempo ou espaço. Ele chega à nossa “religião burguesa”. Impiedosamente Jesus expõe nossas máscaras, idolatrias disfarçadas, interesses divididos, falta de compromisso e adoração do “eu”, mesmo quando pretendemos servir a Deus.
Ele disse não ter vindo trazer paz, mas espada. O que isso quer dizer? A “espada” não é a intenção, mas o resultado. Onde Jesus Cristo é realmente recebido, uma espada de separação se ergue entre os que O aceitam e os que O rejeitam ou simulam tê-Lo aceito. Fé real inclui uma absoluta renúncia de todos os obstáculos para lançar mão de Cristo. Fé nEle é uma paixão que nos leva a abandonar incondicionalmente tudo, pelo amor revelado no Salvador. Observe Paulo. Sua aceitação de Cristo levou-o a rejeitar como “refugo” tudo o que fora antes considerado importante.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Grandioso Deus e Pai: ajuda-nos a viver dentro da pureza do evangelho, no compromisso em anunciar ao mundo a vida, morte e ressurreição de Cristo como o caminho escolhido por Ti para a nossa salvação. Por favor, em nome de Jesus, amém!
-> Apresentação: Amilton Menezes
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