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Há poucos programas atrás falei sobre a declaração de João Batista, no evangelho de Marcos, onde diz que é necessário que Jesus cresça e ele, João, diminua.
Quero voltar ao assunto, agora com mais detalhes, sob a ótica do evangelista João. Vamos para o capítulo 3:30. “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”.
Vimos no programa anterior que João havia apontado a Jesus como o Cordeiro de Deus. A que vamos estudar hoje, porém, foi uma de suas últimas declarações públicas, enquanto estava em liberdade.
Enquanto pregara no deserto de Judéia, tinha recebido todo o prestigio e popularidade possível a um ser humano de influência. Ele tinha muito mais popularidade que qualquer sacerdote ou líder do templo daquela época.
“Houvesse ele anunciado como Messias, e fomentado um levante contra Roma, sacerdotes e povo teriam se unido em torno de sua causa” (O Desejado de todas as nações, p.158).
João sabia de sua popularidade e do apoio popular que teria se pretendesse algum cargo ou poder entre os judeus. Porém, Ele também sabia da missão que recebera de preparar o caminho para o Messias.
João batizara Jesus. Vira a pomba pousar sobre o Salvador no dia do batismo. Ouvira a voz do céu, quando Jesus estava orando às margens do rio, após aquela cerimônia. Também havia dito à liderança religiosa que ele não era o Messias.
No evangelho de João encontramos o relato de um segundo testemunho profético que Ele fez. . Cristo é mencionado por João nos versos anteriores como sendo o esposo, cuja voz ele ouve e se alegra (João 3:29).
O aumento da popularidade de Jesus era uma evidência de que o testemunho de João fora verdadeiro.
Assim, por algum momento no linha da história, João e Jesus desenvolveram ministérios paralelos. Jesus começa a escolher os discípulos dEle e João, mesmo perdendo alguns dos seus seguidores para Jesus, prossegue com o trabalho que vinha desempenhando.
Porém, com o passar dos dias, o número dos discípulos de João começa a diminuir, e a popularidade dele, conseqüentemente, também cai. Jesus é a nova sensação do momento. João, aparentemente, estava aceitando este fato com naturalidade. Jesus era o Messias, e era óbvio que as pessoas O procurassem, mas os seus discípulos não aceitaram este fato como algo natural.
Um dia os discípulos de João o procuraram e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com Ele” (João 3:26). Perceba o ciúme dos discípulos de João.
Foi num contexto de ciúme e desconfiança dos discípulos de João, que esta profecia foi feita.João, então, profetizou: “É necessário que Ele cresça e eu diminua”.
E o cumprimento da profecia aconteceu muito depressa. João foi aos poucos sendo esquecido pelo povo. Perdeu a popularidade e, ao mesmo tempo que perdia popularidade ganhava, quase na mesma proporção, o ódio da mulher de Herodes, Herodias.João condenava a relação de Herodes com Herodias, pois esta era mulher do irmão de Herodes. Assim, a condenação de João a esse casamento ilícito, o levou a prisão e mais tarde a morte (Mateus 14:1-12).
Jesus estava em plena ascensão e João em queda natural. Foi aí que João deu a maior aula de humildade. Profetizou sobre a sua postura, e não somente profetizou, como viveu literalmente o ocaso e o esquecimento da multidão.
João não sentiu ciúmes do sucesso de Jesus. Tentou mostrar aos discípulos dele o objetivo de sua missão. Era hora do noivo (Jesus) crescer. Estava ciente do que era e do que não era.
Creio que não dá para escaparmos da seguinte questão. E se fosse conosco? E se fosse com você ou comigo. Estaríamos ou estamos preparados para sair de cena e dar lugar a outro?
Essa é a grande dificuldade do ser humano. Sair de cena. Abrir mão. Ter humildade para entender que outro pode ocupar o lugar dele e fazer muito melhor.
João se alegrou com o sucesso de Jesus. Queria que Ele crescesse e tivesse sucesso absoluto. Alegrava-se com isso. É… só os grandes homens são capazes disso!
O sucesso de Jesus foi incomparável. Porém o Messias jamais questionou ou minimizou a importância de João. Em Lucas 7:28, Jesus declarou: “E eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista”.
Vale a pena crer em Deus. Só assim estamos seguros. Vale a pena crer nos profetas dEle. Só assim prosperaremos. Pense nisso no dia de hoje!