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TEMPO DE REFLETIR – 4 de fevereiro de 2014
Um pequenino poema fala de uma corrida. Um bom número de corredores estava participando. Havia um que estava deixando para trás todos os outros. A pista era comprida e o alvo ainda estava longe. Ainda o favorito estava na frente. Mas os seus amigos que o estavam acompanhando notaram que havia parado para socorrer uma criancinha que tinha caído na pista e a pusera em lugar seguro. Pouco mais tarde um companheiro desmaiou e ele parou para acudir o colega. Uma senhora apareceu delicada e inexperiente, e ele lhe mostrou o caminho seguro. Os seus amigos continuaram a observar que o seu favorito diversas vezes parava para confortar, alegrar e auxiliar aqueles que estavam em perigo e em dificuldades. Enquanto isso, ele perdeu a dianteira e os outros passaram na frente e quando o vencedor alcançou o alvo ele estava muito atrás. Ele não recebeu os louros da corrida, mas a honra real da corrida lhe pertencia. O amor tinha governado a sua corrida e as bênçãos dos que foram auxiliados por ele eram dele. O único monumento real que alguém pode ter em sua honra é edificado sobre o amor.
É verdade, perdeu a corrida, mas salvou uma criança, auxiliou o colega no seu caminho e prestou socorro a muitos outros. Perdeu aparentemente, mas ganhou em amor, caridade e boa vontade.
Na vida é sempre assim, a pérola é produzida em dor, mas depois é de valor extraordinário. A mobília é produzida de madeira nodosa, torta, fora de forma, mas depois de cortar os nós, aplainar as tábuas, etc., torna-se uma peça para enfeite da casa. O que parecia perda, sofrimento, tornou-se em ganho, em beleza, em utilidade.
O diamante bruto é lapidado para que apareça a sua beleza verdadeira. É verdade, há perda em peso, mas surge o valor depois da perda. O violino vai perdendo o brilho, porque envelhece, mas vai ganhando em som, produzindo melodias aveludadas pelo uso e contato das mãos dos mestres.
Cristo parecia perder, ao ser crucificado, ao ser coroado com a coroa de espinhos, ao ser batido no rosto, mas o que alguns imaginam perda foi a nossa vitória, a nossa esperança, a nossa vida. Assim é a vida, muitas vezes as perdas são verdadeiras vitórias e algumas vitórias podem ser consideradas como grandes perdas. Um bom general nem sempre dá ordens de avançar, pois há retiradas necessárias e significam mais do que muitas conquistas.
Dizem que certo general romano estava desanimado quando contemplou uma formiga que procurava carregar uma folha muito maior do que ela. Tentou mais de trinta vezes e afinal conseguiu levantar a folha e ser vitoriosa. O general tomou ânimo e venceu a batalha. Perceba que um fracasso é sinal de que alguém tentou fazer algo, pois não há fracassos sem tentativas. Só os que nunca tentam, nunca fracassam. Portanto, o fracasso em si mesmo tem a virtude de ter sido de um empreendedor.
Por isso, compreenda que a maior parte das perdas são ganhos, que mais tarde o tempo provará. Anime-se, continue no seu alvo na vida, aceite o que Deus permite, como ganho e não como perda. Creia que Deus nunca abandona ao que empreende, procure fazer a sua parte no temor de Deus e assim, quando tudo parecer perda, continue trabalhando e espere a vitória que certamente virá. Não esqueça o conselho bíblico: “Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”. Não só as boas. As ruins também.
ue Ele tem para lhe mostrar. E tenha certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você.
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-> Texto: Desconhecido
-> Música: Viviane e Themis Handeri, “Seguiremos em frente”
-> Narração: Amilton Menezes