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TEMPO DE REFLETIR 01089 – 8 de julho de 2024
Marcos 7:28 – Ela, porém, Lhe respondeu: Sim, Senhor; mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças.
A vida era difícil para Anastácia (a Bíblia não menciona seu nome, mas vamos chamá-la assim). Ela era uma mulher grega, de origem siro-fenícia, cuja filha estava endemoninhada. Anastácia passava muitas noites em claro, vendo a filha sofrer com longos acessos de gritos e convulsões. Mãe e filha eram prisioneiras em sua própria casa.
Anastácia já havia passado horas e horas diante de deuses pagãos e gastara muito dinheiro em oferendas e sacrifícios, inutilmente. Então ela ouviu falar de um Galileu que curava todo tipo de doenças, e que estava agora nas terras de Tiro e Sidom. As notícias correram velozmente: “Ele cura a todos, indistintamente, não só os judeus. E não cobra nada!”
Anastácia encheu-se de esperança. Ela não podia perder esta oportunidade! Saiu perguntando aqui e ali até descobrir o paradeiro de Jesus, numa casa em que Ele esperava ficar em paz e no anonimato. Em desespero, prostrou-se aos Seus pés rogando-Lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
A primeira reação de Cristo foi o silêncio. Então veio a rejeição por parte dos discípulos, pedindo a Cristo que a mandasse embora, e finalmente a aparente rejeição de Cristo: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). Mas a mulher não desistiu. Então Cristo expressou a típica atitude judaica de que os gentios eram indignos das bênçãos celestiais: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (v. 26), isto é, o pão da salvação que Deus havia confiado aos judeus para ser distribuído aos gentios, mas que os judeus egoisticamente conservavam para si mesmos.
Ela não se sentiu ofendida com essa comparação, porque mesmo esses pequenos animais domésticos participavam dos alimentos que sobejavam da casa. E percebendo a compaixão, que Jesus não conseguia disfarçar, respondeu: “Eu sei que eu sou apenas um cachorrinho pagão, mas ficarei contente com uma migalha desse pão. Uma migalha do Teu poder será suficiente para minha necessidade.” Jesus, surpreso com essa demonstração de fé, expulsou o demônio.
Anastácia saíra de casa pensando apenas no bem-estar da filha, mas encontrou muito mais do que isso: reconheceu nEle o Messias e entendeu que os gentios também eram filhos de Deus.
Muitos de nós nos contentamos com migalhas espirituais, quando Deus está disposto a nos oferecer um banquete.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore comigo agora:
Obrigado por esse amor tão grande, Pai! Amor que não distribui migalhas, mas distribui o melhor do pão, o melhor da salvação! Te louvamos por isso, Senhor! Em nome de Jesus, amém!
-> Apresentação: Amilton Menezes