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No último programa vimos a ação de um poder, que foi chamado pelo profeta de “chifre ou ponta pequena”, parte da profecia do capítulo 7 de Daniel.
As profecias bíblicas vão num crescendo. Quando estudamos o capítulo dois e o sete de Daniel percebemos a repetição e a ampliação do mesmo assunto. No programa de hoje vamos estudar o capítulo oito de Daniel, que foi escrito dois anos depois do capítulo sete.
Daniel conta que ao receber essa visão ele estava perto do rio Ulai (Daniel 8:1) – o rio Ulai era um canal de aproximadamente 300 metros de largura que ficava próximo a cidade de Susã. O curioso é que ao mencionar essa cidade, Daniel estava mencionando algo que ainda iria acontecer. Através de uma viagem simbólica o profeta foi transportado para o futuro, ao período de um Império e de uma cidade que ainda não existia de fato – só na profecia de Deus.
Para que possamos compreender melhor o capítulo oito de Daniel vamos dividi-lo em duas partes. A primeira parte trata de uma visão que mostra o confronto entre um bode e um carneiro (Daniel 8:1-8). A interpretação é dada pelo próprio Deus quase que imediatamente. O bode e o carneiro representam os impérios da Medo-Pérsia e da Grécia (8:20-22).
Vamos ler Daniel 8:8-9? “O bode se engrandeceu sobremaneira; e na sua força quebrou-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis para os quatro ventos do céu. De um dos chifres saiu um pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa”.
Para aqueles que acompanham este programa há mais tempo já sabem que na batalha de Ipsus, que aconteceu no ano 301 AC, o Império Grego foi dividido em quatro partes (8:22), e uma dessas partes, ou um destes quatro chifres, desenvolveu-se de tal maneira, que veio a dominar o mundo todo (8:9-10). O poder que dominou o mundo após os gregos foi o Império Romano. Ele deveria surgir dos quatro ventos, que significa os quatro pontos cardeais. E, o Império Romano surgiu exatamente do oeste.
A profecia garante que esse chifre pequeno iria conquistar o oriente, o sul e a terra gloriosa. “O Oriente é representado pela conquista da Síria no ano 190 AC. O sul é representado pela conquista do Egito no ano 168AC e, no ano 63 AC, Roma anexou a Palestina, ao seu território. A palestina é aceita como a terra gloriosa, mencionada na profecia. (S.D.A.B.C., vol. 4, p. 868).
Esse chifre pequeno tinha algumas características interessantes. Daniel 8:11 conta que “ele se engrandeceu até o príncipe do exército, dele tirou o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário lançou por terra”. O que isso quer dizer? O príncipe do exército é aceito como sendo Jesus Cristo (Isaías 9:6). Foi Pôncio Pilatos e os soldados romanos, a pedido da liderança dos judeus, que torturaram e crucificaram a Jesus. O Império romano não poupou nem o príncipe da paz, o filho de Deus. Roma também se destacou na perseguição intensa aos cristãos. Foram caçados e mortos como os piores criminosos de todo o império.
A profecia diz que o sacrifício contínuo seria tirado. Roma destruiu o Templo em Jerusalém no ano 70 de nossa era. E o que era o sacrifício contínuo? Segundo Êxodo 29:38-39 era o sacrifício diário de um cordeiro sem defeito, oferecido pelo pecado do povo. Representava a oferta de salvação oferecida continuamente aos seres humanos. Como Jesus faz hoje (Hebreus 7:21, 24 e 25).
Mas, na profecia, viria um poder que tiraria esse sacrifício contínuo de diante do povo. E, foi exatamente o que aconteceu após os imperadores romanos deixarem a tarefa religiosa para a igreja cristã da época. A liderança dessa igreja se corrompeu, aceitou dogmas e práticas pagãs e, para não ser perseguida, uniu-se ao poder político.
Agora já não havia Jesus como pontífice. Um homem assumiu essa função. O mediador, que era Cristo, passou a ser um homem – o chefe da igreja, contrariando a afirmação bíblica de que há um só mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2:5). Mas essa corrupção doutrinária não parou por aí: a autoridade de perdoar pecados foi assumida por essa liderança, as Bíblias foram queimadas em praças públicas e os que liam e persistiam em ficar ao lado de Deus e da verdade eram perseguidos e mortos. A salvação pela fé em Cristo passou a ser agora pelas boas obras ou por grandes sacrifícios e promessas. Daniel 8:12 já dizia que a verdade seria lançada por terra e esse ensino errôneo iria prosperar. Conforme profetizado, aconteceu.
Porém, esse poder não dominaria para sempre. Novamente a verdade deveria aparecer. Este é o assunto do próximo programa. Até lá e, não esqueça: creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.