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Hoje vamos estudar outra situação vivida no livro do profeta Malaquias, especialmente no capítulo dois, a partir do versículo 10. Como já dissemos em programas anteriores, este livro é uma condenação direcionada aos sacerdotes e liderança de Judá, após o retorno do cativeiro e reconstrução do templo e da cidade.
A religião daquela época era vivida de forma apenas aparente. Não havia uma conversão ou sentimento genuíno de adoração no coração tanto do povo, quanto de quem oficiava as cerimônias.
Para complicar ainda mais, os sacerdotes estavam transgredindo uma ordenança bastante séria. Eles estavam envolvidos em casamentos profanos e não-sancionados. Ou seja, haviam se casado com mulheres que não eram da mesma crença nem da mesma nação.
O profeta introduz o assunto perguntando se não tinham eles todos um só pai, se um só Deus não os havia criado. A resposta óbvia é afirmativa. O pai mencionado deve ser Deus e não Abraão ou Jacó. Parece que eles davam mais valor a descendência humana do que a escolha divina.
Ao ler o livro de Malaquias é perceptível o fato de que Deus insiste em abrir a mente daquele povo para que entendam essa relação entre eles e Jeová. Deus os havia criado não apenas fisicamente, mas os havia feito povo de sua aliança.
Diante disso Deus então mostra que ao criar essa unidade, o povo não devia introduzir elementos divisivos ou estranhos nela. Eles estavam quebrando a aliança ou contrato que Deus fizera com os patriarcas. Israel deveria permanecer separado de todos os povos, em vários aspectos. E um deles era o casamento.
Desde os primórdios Deus havia proibido o casamento deles com os pagãos. A razão principal era a idolatria. Porém, Judá, Israel e Jerusalém, a nação inteira, haviam tratado traiçoeiramente com relação às esposas judias divorciadas, a fim de poderem contrair casamento com mulheres pagãs. Esses casamentos mistos são mencionados também em Esdras e Neemias.
A profanação da santidade do Senhor refere-se ao próprio povo de Israel, pelo fato de haverem tratado de maneira errada suas esposas que também eram separadas como santas ao Senhor. Que alta consideração temos aqui pelas mulheres em contraste com o status costumeiro atribuído a elas, naquele tempo, no Oriente!
O assunto era extremamente grave. A filha de um deus estranho significa uma mulher idólatra. O adorador é, na Bíblia, considerado como filho em relação ao pai (Jeremias 2:27). Tão agravante e abominável é esse pecado aos olhos do Senhor que ele ameaça destruir por completo o transgressor e toda a sua família.
Deus está mostrando àqueles homens que não adiantava nada oferecerem sacrifícios e ofertas enquanto maltratavam suas esposas. O gesto de doar, ofertar ou adorar não os livrava da culpa da violação dos laços matrimoniais.
O casamento dos homens de Israel com mulheres idólatras trazia consigo outro aspecto. Havia um segundo elemento, um segundo pecado. Tais casamentos envolviam divorciar-se de suas esposas judias. Essas esposas abandonadas vinham ao altar do Senhor e cobriam-no de lágrimas. Assim, quando os ex-maridos viessem apresentar suas ofertas, o Senhor não as aceitaria de boa vontade. Visto que Ele tinha consideração pelas lágrimas das esposas de coração partido, Ele deixava de ter consideração pelas ofertas.
Em nenhuma outra parte do Antigo Testamento o divórcio é condenado como em Malaquias. E não há necessidade alguma de forçarmos uma aplicação para nossos dias. É um pecado que clama a Deus. Todavia, os contemporâneos do profeta perguntam qual a razão de Deus rejeitar seus sacrifícios. A resposta é: Deus foi testemunha do casamento legalmente contraído do qual Ele foi chamado para testemunhar a aliança. Suas esposas israelitas eram as companheiras e mulheres de sua mocidade, e eles as escolheram para partilhar a juventude tanto na alegria como nas tristezas da vida.
Deus é muito claro no capítulo 2, versículo 16, que Ele odeia o divórcio, da mesma forma que “aquele que cobre suas vestes de violência”. A referência é ao antigo costume de pôr uma vestimenta sobre uma mulher para reclamá-la como esposa. Em vez de estender sua vestimenta para proteger suas esposas, eles as cobriam com vestes de violência. A vestimenta simbolizava confiança e proteção ligadas por casamento. De novo são advertidos a cuidar de si mesmos nessa questão vital.
Amigo ouvinte, Deus não é um Deus de mudanças. Ele não acompanha as ditas evoluções humanas e costumes da sociedade. Ele sabe o que é o melhor. Ao criar o homem e a mulher os fez para casarem e permanecerem casados. Uma só carne. Nada e ninguém e deveria interromper esse relacionamento.
No tempo de Cristo Ele reforçou a perpetuidade do casamento que só poderia ser dissolvido com a morte ou adultério de um dos cônjuges. Mesmo assim, no segundo caso, havendo perdão da parte inocente, o casamento deveria prosseguir.
Lembre-se que Deus é o Criador da família. Homem e mulher. Foi Ele quem efetuou o primeiro casamento no Jardim do Éden. Fez o primeiro milagre, na pessoa de Jesus, em uma festa de casamento. Sim, é um Deus interessado na felicidade e durabilidade da família.
Creia nesse Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.