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Estamos estudando as profecias que foram feitas no intervalo entre o toque da sexta e sétima trombetas. Já estamos no capítulo 11 de Apocalipse. E hoje vamos dedicar maior atenção ao verso três: “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias vestidas de saco”.
Quem são essas duas testemunhas? Quando isso aconteceu? O que significa estar vestido de saco?
Antes de responder essas três perguntas, quero mostrar os dois versos que antecedem esta profecia. Ali é dito que foi dada a João uma cana semelhante a uma vara, e em seguida recebeu uma ordem de medir o templo e o altar e principalmente os que ali adoram.
Perceba aí novamente a questão da adoração sendo destacada. Este é o ponto motivador do conflito que Satanás promove contra Deus: a adoração. Quem adorar e como adorar. João precisava medir ou avaliar a qualidade dos adoradores. Aliás, “a palavra escrita, a lei de Deus aferirá o caráter de todo homem, e condenará a todos a quem esta infalível prova declarar em falta” (O Grande Conflito, p. 268).
Mas afinal, quem são as duas testemunhas? O que é que constantemente dá testemunho de Jesus Cristo? O que dá testemunho de Jesus e do poder de Deus é a palavra dEle, a Bíblia. As duas testemunhas são as duas partes em que a Bíblia foi dividida: o Velho Testamento e o Novo Testamento.
O mesmo apóstolo João, antes de ser preso e ser enviado para a Ilha de Patmos, transcreveu as palavras de Jesus: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).
As duas testemunhas, as duas oliveiras e os dois candeeiros representam a Palavra de Deus que, sob a influência do Espírito Santo, devem iluminar a alma dos homens que a aceitam. O rei e salmista Davi definiu assim: “Lâmpada pra os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105).
A profecia, porém, diz que essas duas testemunhas profetizariam por um período de mil duzentos e sessenta dias. Que período foi este?
Este tempo foi um dos mais tristes da história do cristianismo. Começou no ano de 538 e terminou em 1798. Essa época foi marcada pela intolerância religiosa. As Bíblias eram confiscadas e queimadas e os leitores da Palavra eram severamente perseguidos.
A igreja cristã apostatada massacrou os que não aceitavam as suas distorções doutrinárias. A igreja de Roma, durante a Idade Média, perseguiu impiedosamente aqueles que ousaram obedecer às Escrituras. Instituíram a chamada “santa Inquisição”. O historiador católico, Walter Duram, definiu a santa inquisição como uma das “mais escuras manchas no registro da humanidade, pois revelou uma ferocidade desconhecida até numa fera” (O terceiro Milênio e as profecias do Apocalipse, 1ª. Ed. 1998 p.45).
A Bíblia foi atacada pelos imperadores, reis, ditadores e por igrejas, porém, sempre acabou sendo a grande vencedora. Ela esteve por 1260 anos escondida em cavernas, em caixas, em bibliotecas, em casas no meio das montanhas. Durante os 1260 anos ela não pode estar nas igrejas, nos púlpitos ou ser o objeto de estudo em cada casa. Os que tinham uma Bíblia precisam escondê-la ao máximo, pois neste tempo, ela era considerada perigosa pelos lideres políticos e religiosos.
Nesta época, os Valdenses se destacaram como um povo apaixonado e guardião da Palavra de Deus. Porém, por causa disso, precisaram fugir para os vales entre as montanhas, no sul da Itália. Escondidos nas montanhas podiam ler a Bíblia e ensiná-la a seus filhos. Um dia, infelizmente, a intolerância da igreja dominante e do poder militar os alcançou. Centenas de homens, mulheres, velhos e crianças foram torturados e mortos. Deram a vida por causa da Bíblia.
“Um outro fato que marcou muito os 1260 anos, foi o que a história registrou no dia 24 de agosto de 1572, quando milhares de cristãos foram trucidados… Aquela sangrenta noite foi considerada pelo papado como uma vitória para Roma. O papa Gregório XIII derramou lagrimas de jubilo” (A verdade sobre as Profecias do Apocalipse, 2ª. Ed. 1982, p.162). Essa ocasião ficou conhecida como a “noite de São Bartolomeu”.
Durante esse período de 1260 anos a França entrou em revolução e promoveu guerra aberta à Bíblia. Milhares de exemplares foram queimados em praça pública.
Mas a Bíblia sobreviveu a tudo isso e hoje é o livro mais traduzido e vendido no mundo todo. Deus e a palavra dEle, as duas testemunhas, venceram!
No próximo programa vamos continuar dando uma atenção a este assunto. Até lá e, lembre-se: creia no Senhor Deus para ficar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar.