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Neste e nos próximos programas vamos estudar algumas das profecias contidas no livro de Isaías.
Primeiramente algumas informações sobre o profeta. Isaías foi filho de Amós e a mulher dele era profetisa. Tiveram dois filhos. Da infância dele pouco ou quase nada se sabe. Alguns defendem que ele era um sacerdote. Outros dizem que pertencia a família real, mas esta informação é muito questionada.
Calcula-se que Isaías foi profeta por 40 anos e nesse período conviveu com vários reis. Do seu ministério podemos destacar duas etapas. A primeira foi caracterizada pela pregação do arrependimento, porém não teve êxito. A segunda foi quando pronunciou os juízos que começariam a vir sobre Jerusalém. O livro de Isaías foi escrito em torno do ano de 750 AC.
Há um fato curioso com respeito ao livro de Isaías. No ano de 1947 DC, um árabe, criador de cabras, estava a procura de um animal perdido e acabou entrando numa caverna. Ali descobriu um grande numero de jarras, com 60 cm de altura. Dentro dessas jarras encontrou rolos envoltos em pano de linho. Estes rolos foram encontrados nas cavernas de Qumran, que fica a 16 quilômetros a oeste de Jerusalém.
A maioria desses rolos foi comprada pelo governo Israelense, e estão num edifício construído especialmente para os mesmos, o “santuário do livro”. Um dos mais bem preservados manuscritos, dentre os manuscritos do mar morto, é um rolo completo de Isaías, com data de 150 AC. A arqueologia tem encontrado provas incontestáveis de que a Bíblia é um livro muito especial. Ela não surgiu por acaso, e o que está escrito não foi uma invenção do homem moderno como muitos dizem.
Em Isaías 7:14 temos a profecia de hoje, feita em torno do ano 734 AC, nos tempos de Acaz, rei de Judá: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: A virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”.
Para entender bem esta profecia precisamos saber o que estava acontecendo com o rei Acaz. Ele foi o décimo terceiro rei de Judá e reinou por 16 anos (735- 719 AC). Aos vinte anos já era rei de Judá, e morreu aos 36. No começo do reinado enfrentou um sério problema. Isaías 7:1, conta: “Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejar contra ela, mas não puderam conquistá-la”. O desespero tomou conta do rei e do povo. Estavam perdidos!
A Bíblia conta que a angústia foi muito grande. “Então se agitou o coração de Acaz, e o coração do seu povo, como se agitam as árvores do bosque com o vento” (Isaías 7:2). Deus sonhava em fazer do jovem Acaz um grande rei. O profeta Isaías foi enviado para confortá-lo. Na conversa Deus sugeriu a Acaz que pedisse um sinal, ele, porém não quis. Então o próprio Deus deu um sinal para mostrar que Ele estaria presente, diante de sua dificuldade.
Neste contexto surge a profecia que estamos estudando. A virgem iria conceber e o filho dela seria a prova que Deus cumpre o que promete. Um detalhe importante: a palavra virgem, no hebraico é “almah”, que também quer dizer “uma mulher nova”. Alguns chegam a dizer que esta virgem era uma alusão a esposa de Acaz, que nesta época deveria ter uns 21 anos. Outros acham que poderia ser a própria mulher de Isaías. A virgem ou uma mulher nova teria um filho e este era uma referência, ou sinal que Deus estava com o seu povo e com o rei. O nome do filho desta mulher virgem ou nova seria Emanuel, que quer dizer “Deus conosco”.
Há um ponto nesta profecia que preciso chamar a sua atenção. A profecia original não tinha nada a ver com o que conhecemos hoje. A grande maioria quando lê Isaias 7:14 logo pensa na virgem Maria. A aplicação primária da profecia tinha a ver com a promessa de Deus a Acaz. Um filho iria nascer e este seria um sinal da parte de Deus, de que estaria com Judá. O nome Emanuel foi dado para que quando alguém chamasse este menino soubesse da promessa de Deus. No passado era comum este tipo de nome. Isaías, por exemplo, significa “Jeová salvará”.
O sinal de “Emanuel” testificava a presença de Deus em meio ao povo para guiar, proteger e abençoar. Enquanto as outras nações seriam destruídas, Judá haveria de ser sustentada por Deus. Mesmo nos dias de Acaz e mais tarde nos dias de Ezequias, filho de Acaz, quando Judá foi atacada por Senaqueribe, líder da Assíria, esta profecia foi de grande conforto para o povo. Emanuel estava ali. Aquele homem era o sinal de Deus. Sinal de proteção.
Esta profecia também teve a sua aplicação secundária, por ocasião do nascimento de Jesus Cristo. Mas a nossa atenção neste estudo é a sua aplicação primária, original.
Amigo ouvinte, esta é a mensagem que quero deixar para você no programa de hoje. Você pode estar só, num leito de hospital, em sua própria casa, porque todos os filhos cresceram e foram embora e agora seu marido morreu. Você pode estar só em uma cela de prisão, você pode estar só, mesmo rodeado de muita gente, porém a grande notícia é esta: “Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de modo que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Vê, nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente na minha presença” (Isaías 49:15-16). Este é o Deus que eu creio e é o Deus que você tem que escolher servir. Um Deus presente, um Deus que está sempre junto dos filhos dEle.
Creia nesse Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.