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Estamos chegando ao final das profecias de Malaquias e do Velho Testamento. Vamos para o capítulo quatro?
A maioria das edições do Antigo Testamento hebraico e a maioria dos manuscritos do texto original incorporam os seis versículos do capítulo quatro como continuação do terceiro. Todas as versões têm a divisão conforme se encontra em nossas traduções.
Deveríamos considerar esse capítulo quatro com muita solenidade, pois depois disso se passarão cerca de 400 anos até a vinda de João Batista. Foram quatro séculos onde o céu permaneceu em silencio sem nenhuma palavra profética. Quando João chegou, chamou Israel ao arrependimento como preparativo para a chegada do Messias.
Malaquias, no capítulo 4, fala do Dia do Senhor que vem com força, poder e fogo. A linguagem breve e abrupta revela a realidade pavorosa da predição. Visto que o juízo de Deus muitas vezes é comparado ao fogo, diz-se que o dia arde como fornalha. Diante do fogo do juízo de Deus, os perversos serão como restolho a ser queimado, sem deixar raiz nem ramo. A intensidade do calor põe às claras a grandeza da ira de Deus. Alguns textos bíblicos que destacam esse juízo com fogo: Isaías 10:16; 30:27; Jeremias 21:14; Ezequiel 20:45 a 48; Amós 1:4 e Sofonias 1:18 e 3:8.
Observe o fim dos soberbos. Desaparecerão, diz Malaquias. Raiz e ramo, como as duas extremidades da árvore que representam o todo, é uma expressão proverbial que indica a totalidade. Tudo será destruído por completo. Tudo quanto serve de escândalo será extirpado do reino (Mateus 13:41 e 42).
Nos versículos 2 e 3 temos as conseqüências daquele dia para os justos. Nada na Bíblia mostra com maior clareza as sortes tão diferentes do crente e do incrédulo quando o Senhor vier para julgar a terra.
“Nascerá o Sol da justiça”. Esta é a promessa para os fiéis. Para eles não haverá o calor escaldante da fornalha, mas o suave calor brando do sol da justiça trazendo cura nas suas asas. Aquele que é como um forno para os ímpios e como o sol para justos.
Cremos que o Sol é usado aqui como figura do próprio Deus, e especificamente do Senhor Jesus Cristo. Ele é chamado na Bíblia de Sol da justiça, porque Ele é o Senhor Justiça nossa (Jeremias 23:5-6; I Coríntios 1:30).
Há cura espiritual nesse sol, pois do mesmo modo como o Sol físico dá luz e calor para o crescimento da vida vegetal e animal, assim também o Sol da justiça curará as feridas infligidas aos justos e por eles suportadas.
Os raios do sol são aqui considerados como asas por causa da velocidade com a qual se espalham sobre a terra. A esperança de Israel é o Sol da justiça; a esperança da Igreja é a Estrela da Manhã (II Pedro 1:19; Apocalipse 22:16).
Os três últimos versos do capítulo 4 de Malaquias terminam mencionando Moisés e Elias. Uma vez que não devia aparecer nenhum profeta, desde o tempo de Malaquias até à vinda do precursor do Messias, era de todo necessário que eles dessem ouvidos à lei mosaica. Moisés deu a Lei, porém ela não provinha dele, pois nesse ponto, como em todo o seu ministério, ele era servo do Senhor. E a lei era e é de Deus.
No versículo cinco temos o terceiro grande “Eis” na última parte da profecia de Malaquias (3:1 e 4:1). Está falando da vinda de Elias. Profecia que foi cumprida por João Batista, que veio no espírito e no poder de Elias (Mateus 11:14 e Lucas 1:17). João não era Elias. Nem a encarnação de Elias. Mas cumpriu a profecia com a mensagem de reforma, arrependimento e proclamação da chegada do Messias.
Perceba que a última palavra do livro de Malaquias e do Velho Testamento é “maldição” ao passo que a primeira palavra do Messias proferida no monte foi bem-aventurados (Matesu 5:3) e a última palavra do Novo Testamento é graça (Apocalipse 22:21).
Uma outra curiosidade: os judeus repetem o verso 5 depois do 6, porque Malaquias termina com o pronunciamento de uma maldição. Em quatro livros do Antigo Testamento os eruditos judaicos indicaram que o último versículo, exceto um, devia ser repetido na leitura. São eles Isaías, os Doze (os profetas menores encerrando com Malaquias), Lamentações e Eclesiastes. Compare seus últimos versículos.
Amigo ouvinte, o livro de Gênesis mostra como a maldição entrou na raça humana, e Malaquias diz que a maldição ainda ameaça. O livro de Mateus começa com o filho de Davi, o Filho de Abraão, que veio para se fazer maldição por nós e ser declarado maldição na Palavra de Deus para que pudéssemos ter bênção, alegria e vida eterna mediante a fé em Seu nome. Somente por intermédio do Messias, Jesus, o Senhor, pode Israel e qualquer um de nós, escapar da terrível maldição.
Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.