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Nos últimos programas temos estudado profecias que tiveram que ver com o cativeiro de Judá pelos babilônicos. O profeta Jeremias foi o que mais profetizou sobre esse assunto. Jeremias queria evitar o cativeiro, a dor, a humilhação.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto? Jeremias 18:1-6: “Palavra que veio a Jeremias: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá farei ouvir as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e vi que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Mas o vaso, que ele fazia de barro, se quebrou na sua mão; pelo que o oleiro tornou a fazer dele outro vaso, conforme bem lhe pareceu. Então veio a mim a palavra do senhor: Não posso fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? Diz o senhor. Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”.
Essa profecia foi feita em torno do ano 605 AC, provavelmente no quarto ano do reinado de Jeoaquim e o grande objetivo de Deus ao enviá-la era para impressionar o povo de Judá, para dizer que ainda era possível reverter a situação. Deus tinha poder para mudá-los. O cativeiro não era obrigatório. Era apenas uma opção.
Esse rei Jeoaquim recebeu muitas mensagens de Jeremias. A atitude dele, porém, foi de completo desprezo. Inclusive, numa ocasião, mandou queimar o rolo que continha as mensagens de advertência (Jeremias 36:23). Assim era o rei Jeoaquim, cheio de arrogância e presunção. Deus, no entanto, é perseverante. Continuou insistindo. Uma nova mensagem foi enviada e, mais uma vez, era muito fácil de ser entendida.
Deus mandou Jeremias descer até a casa de um oleiro e ver como este fabricava os vasos. A profissão de oleiro é muito antiga. Os primeiros vasos que se tem conhecimento são os vasos neolíticos – vasos muito simples. A cerâmica era grosseira, feita de massa misturada com palha. Com o passar do tempo as técnicas foram sendo aprimoradas. No tempo de Jeremias os oleiros produziam verdadeiras obras de arte.
Jeremias foi até lá, pois iria receber a mensagem do Senhor para ser transmitida ao seu povo. Ao estar junto do oleiro, observando como ele desempenhava o seu trabalho, percebeu que algo saiu errado. O vaso que estava sendo feito, quebrou-se. Jeremias estava ali para aprender. O que o oleiro iria fazer? Jogaria fora o barro e buscaria um outro? Iria parar de fazer vasos porque um quebrou-se? Não, o oleiro simplesmente pegou o mesmo barro, e começou tudo novamente. Um novo vaso começou a surgir do trabalho perseverante daquele oleiro.
Jeremias estava atento. O que será que Deus quer me ensinar desse trabalho simples, que estou observando? Após verificar o trabalho por algum tempo daquele oleiro, a mensagem do Senhor foi clara. “Não posso fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? Diz o senhor: como o barro nas mãos do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jeremias 18:6).
Jeremias tinha mais uma mensagem a dar aos lideres e ao povo. A mensagem não era dirigida a pessoas especificas, mas a todos, de uma forma mais direta. Todo o trato de Deus estava baseado no chamado que fizera a Israel para que dessem testemunho da Sua vontade (Romanos 3:1-2), e para que Israel fosse um instrumento especial de Deus para a salvação do mundo (Genesis 12:1-3; Deuteronômio 4:6-9).
Deus havia dito ao povo, de uma forma bem clara, que a obediência incondicional era o requisito indispensável para que pudesse conceder favores e torná-los uma benção para os outros (Deuteronômio 28:1-14). Também havia dito que a desobediência traria uma maldição e os descredenciaria como nação escolhida de Deus (Deuteronômio 28:15) Agora Ele estava confirmando, através de Jeremias, o que já havia dito através de Moisés. A desobediência do povo invalidaria as promessas de benção, porém assegura com toda a clareza que se ocorrer um arrependimento sincero, as ameaças também perderiam o efeito (Jeremias 18:7-10).
O que Jeremias estava tentando mostrar é que se eles se arrependessem o cativeiro não aconteceria. O supremo Oleiro tinha poder para interferir no curso da história. Deus estava dando um caminho alternativo. O vaso poderia ser refeito. Era só querer.
E o aconteceu afinal? A diferença entre o barro e as pessoas é muito grande. O barro não tem vida, não tem vontade. O homem tem vontade, tem desejos, questiona, critica, analisa e se posiciona. O supremo Oleiro gastou todo o tempo e esforço possível, porém não conseguiu reverter o quadro. O povo não quis. Como Deus não obriga o homem a tomar esta ou aquela decisão, Ele apenas lamenta e respeita.
O que podemos aprender desta profecia condicional? Primeiro ponto. Deus é paciente e longânimo para com seus filhos. Ele sempre deu muito tempo para o homem pensar e refletir. Deus não vive apressado. Segundo ponto. Deus respeita a minha liberdade de escolher o meu futuro. Eu posso escolher o arrependimento ou o cativeiro. Terceiro ponto. Deus sempre está disposto a me dar uma segunda chance, mesmo que eu tenha vivido no lixo deste mundo. Quarto ponto. Deus sempre me avisa o que vai acontecer. Cabe a mim a tarefa de escutá-lo ou não. Obedecê-lo ou não.
Amigo ouvinte, vale a pena ouvir e fazer a vontade de Deus. Creia nEle e nos profetas dEle. Você estará seguro e prosperará.