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TEMPO DE REFLETIR – 24 de dezembro de 2012
Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens aos quais Ele concede o Seu favor. Lucas 2:14
Às vezes ficamos tão envolvidos com os preparativos para o Natal que perdemos de vista o espírito desse dia. Queremos que tudo saia tão certo e ocorra tão bem que, quando menos esperamos, a graça voa pela janela.
Durante as férias do trabalho na Índia, compramos uma árvore de Natal artificial e a levamos para casa. Ela era branca e Noelene a decorou com bolas azuis e luzes coloridas. Todo mundo amou; o jornal local enviou um repórter e publicou uma foto de nossa árvore.
Naquele ano exageramos nos presentes de nossos filhos, com cinco e três anos de idade. Na véspera de Natal nos deliciamos com um prato especial: uvas. O colégio agrícola no fim da estrada havia cultivado uvas sem sementes da espécie Thompson, e aquela era a primeira safra. As uvas eram doces e suculentas, as melhores que já comemos.
Em seguida, fomos para a cama, mas não tivemos a noite tranquila e silenciosa que imaginávamos. Um casamento hindu foi realizado no vilarejo próximo dali, com a música no máximo volume entrando pelas janelas abertas de nosso quarto. Em seguida, nosso filho apareceu, sentindo-se muito mal. Ele havia comido muitas uvas e rápido demais. Elas voltaram todas de uma vez. Por fim, ele sossegou, mas a música não. Noelene e eu viramos de um lado para o outro por horas a fio até que o silêncio reinou pouco antes do amanhecer, quando caímos num sono profundo.
As crianças acordaram, renovadas e animadas, esperando ansiosamente para desembrulhar os presentes. Elas esperaram bastante tempo pelo papai e a mamãe, mas nós continuamos dormindo. Por fim, elas não mais conseguiram resistir e começaram a abrir os presentes. Quando Noelene e eu acordamos, encontramos a sala de estar repleta de pedaços de papel de presente e, no meio de tudo, duas crianças, uma com as pálpebras bem pesadas.
Aquele foi o ano, diz Noelene, em que a graça voou pela janela. Todos os planos paternais para que tudo saísse certo, da melhor maneira, foi por água abaixo. E fizemos questão de que as crianças soubessem disso!
Estávamos errados. Nosso filho e filha eram, e são, muito mais importantes para nós do que qualquer preparativo natalino. A essência do Natal é a graça, não apenas lida ou pregada, mas vivida. Assim, meu amigo, se por acaso os seus planos natalinos não saírem como você espera, relaxe. Deixe os planos voarem pela janela, não a graça.
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira. http://www.cpb.com.br
-> Música: Marquinhos Gomes, “Meu natal”
-> Narração: Amilton Menezes