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TEMPO DE REFLETIR – 19 de dezembro de 2012
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei. Salmo 51:7
Levei alguns anos para notar quão bela a neve pode ser. Em minha infância na Austrália, um país quente, meus lugares prediletos eram a praia e o oceano. Da Austrália fui para a Índia, um país mais quente ainda, local em que, paradoxalmente, vi a neve pela primeira vez no cimo das montanhas.
Depois da Índia, fomos para a Andrews University, em Michigan, EUA. O inverno em Berrien Springs é rigoroso e coberto de neve. Quando ele chegava, eu não via a hora que fosse embora. Mas, certo ano, enquanto observava melancolicamente a paisagem branca com grandes flocos de neve caindo do céu, me encontrei com uma aluna que enxergava o mundo de maneira totalmente diferente.
– Não é lindo? – ela disse. – Mal posso esperar a chegada do inverno a cada ano!
Gradualmente comecei a fazer as pazes com o inverno de Michigan. Se você não pode com ele, junte-se a ele. Estava prestes a adquirir um par de esquis quando nos mudamos para Washington. Ali, local em que o inverno é bem menos rigoroso, por fim comecei a apreciar a beleza da neve.
Aprecio fazer caminhada, especialmente em companhia de Noelene. Caminhar na neve proporciona um encanto e um prazer que não se comparam a nenhuma trilha nas montanhas ou escalada. Agasalhamo-nos bem, colocamos meias grossas e botas e nos aventuramos no mundo maravilhoso da neve. É especialmente esplendoroso se os flocos de neve ainda estiverem caindo e baterem de encontro com as bochechas. Afundamos o pé na neve o trajeto inteiro, produzindo um chiado distinto. O ar crepita como cristal; o menor som é transportado para longe. Não há necessidade de caminhos nem trilhas, pois a neve é uma grande niveladora. Torna tudo plano para onde quer que você vá. Provavelmente você ouça passarinhos cantando alegremente nas partes mais densas do trajeto.
Tudo parece belo sob o carpete branco. As cercas vivas merecem ser fotografadas. O simples pé de framboesa, coberto com capuz branco, reluz e brilha. O gramado mais inferior e o arbusto mais feio são transformados. Qualquer lixo fica coberto, escondido. O mundo nasceu de novo.
Exatamente como a neve, a graça cobre nossas imperfeições, nossa aspereza, nossa rudeza. A pessoa menos dotada de atrativos físicos se torna uma princesa ou um príncipe ao ser tocada pelo Mestre da “neve”, que é o Rei da graça.
A graça torna tudo belo. A graça torna tudo novo.
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-> Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira. http://www.cpb.com.br
-> Música: Salmos, “Coração puro”
-> Narração: Amilton Menezes