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A partir deste programa começaremos a estudar as profecias de Habacuque. O nome Habacuque significa “abraçar. Ele foi contemporâneo de Sofonias, Jeremias, Daniel e Ezequiel” (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. 2, p.39).
Uma das grandes discussões desse livro está na data de quando foi escrito. Alguns estudiosos dizem que “com razoável precisão o livro pode ser datado cerca de 630 AC, uns poucos anos antes da queda da Assíria e o ressurgimento da Babilônia sob Nabopolasar e Nabucodonosor, e cerca de 25 anos antes do primeiro cativeiro babilônico em 605 a.C., na batalha de Carquemis” (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. 2, p.43 e 44).
Habacuque é um profeta que se distingue dos demais. Geralmente o profeta fala de Deus ao povo, mas ele fala do povo a Deus. Ele dirige-se a Deus em favor dos honestos de Israel. “Este livro parece ter sido escrito durante um tempo de uma terrível apostasia, talvez tenha sido durante a ultima parte do reinado de Manassés, Amom ou durante a primeira parte do reinado de Josias” (S.D.A.B.C., vol. 4, p.1069).
“O tema do livro é uma lamentação dos pecados de Judá, e Habacuque sabe que o seu povo merece o castigo. Ele, porém, está preocupado com o resultado das aflições. Também está preocupado com o destino do instrumento que Deus usa para impor o castigo: os Caldeus” (S.D.A.B.C., vol. 4, p.1070).
Nas profecias que vamos estudar, alguns assuntos vão sobressair com freqüência, tais como: a prosperidade dos ímpios, Deus está no controle de todas as situações e finalmente os justos e a justiça irão triunfar. Um dos destaques é um grande silêncio da parte de Deus, que fazia com que o profeta sofresse muito.
A profecia que vamos estudar hoje, diz o seguinte: “Suscito os Caldeus, nação feroz e impetuosa que marcha sobre a largura da terra, para se apoderar de moradas que não são suas”. (Habacuque 1:6).
Esta profecia é uma das respostas de Deus ao seu servo. Para que possamos entender este verso, precisamos olhar alguns versos anteriores. No verso 2, o profeta faz uma pergunta a Deus: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás?”
Perceba que na opinião do profeta, Deus estava mantendo um silêncio que o atormentava muito. Até quando? Até quando as coisas vão continuar sem a Tua intervenção?” Este era o clamor do profeta.
Sabe, amigo ouvinte, muitas vezes Deus fica em silêncio. Mas isto não é prova que Ele não esteja nos ouvindo. Lembre-se que você tem um Pai, que sempre vai lhe ouvir, e que, algumas vezes usa o silêncio como estratégia, para ensinar alguma coisa. É no silêncio que a avaliação é melhor feita. É no silêncio que raciocinamos melhor. É no silêncio que ouvimos melhor a voz da consciência. A pergunta “até quando” era sinal de que o profeta queria uma resposta, mas não estava conseguindo.
Então, no verso 5, Deus começa a falar ao profeta. “Vede as nações, porque em vossos dias vou realizar uma obra, que vós não crereis quando vos for contada”. O Senhor Deus desafia a Habacuque a olhar para as nações vizinhas, e descobrir qual seria o país que puniria as transgressões de Israel.
Quando Habacuque perguntou: “até quando?” Deus respondeu que seria nos dias do profeta. Deus não suportaria por muito mais tempo que o povo dEle vivesse de forma tão displicente. O mal e a transgressão teriam fim.
Deus, ao explicar como iria punir o mal, já foi avisando que no momento em que o profeta anunciasse isso as pessoas não iriam crer. “…Porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada” (Habacuque 1:5). Os judeus não iriam acreditar numa predição, onde um povo mais perverso que eles seria usado por Deus, para discipliná-los.
“O povo Judeu, estava acostumado a viver dentro dos limites de suas cidades, confiando no templo do Senhor (Jeremias 7:4), e no apoio militar do Egito (Isaías 31:1). Não podiam supor que seriam derrotados” (Estudo sobre os Profetas Menores, vol. 2, p. 50).
A profecia que estamos estudando diz que Deus iria suscitar os Caldeus. “Os Caldeus, pertenciam a uma tribo da Baixa Mesopotâmia, muito relacionada com os arameus. Eles estavam estabelecidos no lado oeste do rio Tigre, na cabeça do Golfo Pérsico. Os Caldeus, por várias vezes obtiveram o controle de Babilônia, antes da fundação do Império Caldeu. Napopolasar, que fundou o Império Neo-Babilônico, era um Caldeu” (Estudo sobre os Profetas Menores vol. 2 pg. 50). Esta é a razão de o nome Caldeu, ser muitas vezes usado para referir ao Império Babilônico.
Esta profecia foi feita em torno do ano 630 AC e 25 anos depois já começou a ser cumprida. No ano 605 AC., Nabucodonosor, invadiu Jerusalém, e levou o primeiro grupo de cativos. O jovem Daniel estava neste primeiro grupo.
Amigo ouvinte, quero chamar a sua atenção para dois pontos. Primeiro deles: a atitude do povo com a mensagem do profeta. Eles acreditavam que jamais um não judeu iria entrar na cidade sagrada de Jerusalém. Eles se orgulhavam de adorar o Deus Jeová. O Deus dos judeus era superior a todos os deuses, e nisso eles estavam certos, mas esqueceram do mais importante: Deus só está com quem deseja estar com Ele. Os moradores de Jerusalém queriam que Deus estivesse com eles, mas não queriam estar com Deus. E isto é muito sério. Por isso o resultado final foi uma verdadeira tragédia. E o segundo ponto: Quem Deus usou como instrumento? Ele usou um povo que não O adorava. Isto mostra que Deus é que está no controle absoluto da História. Todos os movimentos políticos e sociais são controlados por Deus. Ele usou uma nação pagã, e talvez mais errada que Judá, para corrigir o povo dEle. Isso significa que Deus pode usar qualquer um, crente ou não, cristão ou não, para ensinar lições preciosas ao povo dEle.
Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.